Foi realizada nesta quarta-feira (18) a terceira das quatro sabatinas promovidas pela Rádio Caraça FM 90,5 em parceria com o portal DeFato Online, com os candidatos à Prefeitura de Itabira. O entrevistado da vez foi o atual prefeito Marco Antônio Lage (PSB), que durante o programa, anunciou que o licenciamento ambiental do projeto de captação de água no rio Tanque será assinado ainda nesta semana pelo governo de Minas Gerais – permitindo com que as obras da nova Estação de Tratamento de Água sejam iniciadas.
Ao longo de quase uma hora, o candidato respondeu perguntas sobre educação, saúde, meio ambiente, mineração, saneamento básico, desenvolvimento econômico, segurança pública e também, duas perguntas livres feitas pelos jornalistas Vagner Ferreira e Fernando Silva.
A entrevista também foi uma oportunidade para que Marco Lage apresentasse à comunidade itabirana as suas propostas e os projetos de governo que estão sendo colocados para apreciação do eleitor. Entre as iniciativas, o candidato destacou que estuda construir dois novos distritos industriais na cidade, realizar a duplicação da MG-434 – estrada que dá acesso ao trevo da BR-381 -, e afirmou ter 61 projetos sendo desenvolvidos em parceria com a Vale através do programa “Itabira Sustentável”.
Buscando a reeleição ao cargo, Marco Antônio fez um apanhado geral de suas ações à frente do Executivo, afirmou que “não falta médicos nos PSFs de Itabira” e que, a questão da água, a não aprovação da criação da Secretaria Municipal de Segurança Pública e a implantação da UTI Neonatal foram debatidas pela Câmara Municipal de forma “irresponsável” e “desonesta”.
Confira abaixo todas as perguntas feitas ao candidato e as respostas dadas por Marco Antônio Lage na sabatina
EDUCAÇÃO
Fernando Silva: “Candidato, para que a Unifei possa se desenvolver em nosso município, é necessário também ampliar e fortalecer o campus local da universidade. Porém, pouco avançamos no desenvolvimento da infraestrutura física desse campus. Quais são as suas propostas para fortalecer e dar continuidade ao projeto da Unifei em Itabira?”
Marco Antônio Lage: “Sem dúvida, né? Ouvinte que está nos ouvindo aqui, o projeto da Unifei é um projeto importante em Itabira, que está fazendo 16 anos agora e a Unifei pouco avançou nesses 16 anos. Não só na questão física do campus universitário, onde a Prefeitura e a Vale assumiram a responsabilidade da evolução desse campo da construção, como também dos cursos.
Hoje a Unifei oferece 9 cursos, contra 25 cursos da Unifei de Itajubá. E apenas 1.600 alunos, num projeto que era, estimava-se chegar até 10 mil alunos da Unifei. Então, realmente, a Unifei é um projeto que, infelizmente, parou no tempo. Ele teve um início com muito propósito, propósito muito positivo, mas parou ao longo dos anos. As obras não se concluíram, de uma maneira geral, as últimas obras, inclusive, estão em andamento.
É folclórico, a obra parou, as obras estão continuando numa velocidade mais lenta naturalmente e, principalmente, os cursos estão paralisados. Nós temos tido reuniões em Brasília, exatamente com foco, principalmente, na evolução da oferta de mais cursos para a Unifei. A Unifei tem um papel e terá um papel fundamental para Itabira nos próximos anos, no plano, inclusive, da diversificação econômica, mas não do jeito que vem conduzindo, como foi feito nos últimos anos. Então, nós precisamos de trazer mais cursos.
Hoje, as obras, se tivessem prontas, dos prédios que estão lá em construção, evoluindo. A Prefeitura já colocou no meu governo R$ 54 milhões, mais do que todos os governos anteriores, mas, se estivessem sendo concluídas hoje, não teríamos cursos para ocupar as salas da Unifei, desse novo prédio. Inclusive, hoje, a Unifei estuda ocupar aquele prédio com sala de professores”. (O tempo do candidato foi esgotado)
Vagner Ferreira: “Outro problema recorrente em Itabira, desde sempre, é a escassez de vagas nas creches. O senhor dispõe de alguma estratégia para resolver definitivamente essa carência?”
Marco Antônio Lage: “A estratégia está em curso, realmente era um estado calamitoso quando eu assumi a prefeitura em 2021. Eram 1.320 vagas faltando nas creches de Itabira. Hoje nós criamos 900 e poucas vagas, ainda faltam quase 400. A gente tem um plano de metas para poder zerar isso até o final do ano, começar pelo menos o ano que vem com um zero de déficit.
Isso também explica um pouco a opção deste prefeito aqui. Nós optamos por investir nas creches, na educação básica, além de investir na Unifei, mas não colocar 100 milhões de reais para tocar aquela obra que não ia ter curso para preencher, porque nós temos carências da educação básica.
Não adianta nada a gente deixar as creches sem vagas, faltando vagas em creches, a educação básica de Itabira em estado sucateado. Nós estamos reformando todas as escolas, e mais do que reforma, reforma física e pedagógica para que os nossos alunos, os itabiranos, não iam ter oportunidade de competitividade para a Unifei no futuro, porque eles não teriam preparação na atenção básica.
Hoje faltam ainda 400 vagas em creches, eram 1.320 faltando e a educação básica ela também está tendo uma grande revolução em Itabira. Lembrando o seguinte, a creche é um assunto fundamental para qualquer cidade, para qualquer país.
Na primeira infância, nós construímos em Itabira o plano municipal da primeira infância, dois anos de trabalho que envolve educação, saúde, assistência social, fundamentalmente. A criança, o cérebro humano, se desenvolve, 80% dele, do zero aos 3, 4 anos de idade. É exatamente o período em que a criança está na creche. Ali ela precisa de nutrição, precisa de atividades cognitivas e precisa de afeto. Quando a gente faz isso, a gente cuida da primeira infância na cidade, a gente está preparando o jovem, o adolescente, pra não pegar numa arma quando tem doze anos, numa escola pública, quando a gente vê isso no Brasil inteiro. Então esse é o nosso plano”.
SAÚDE
Fernando Silva: “Candidato, ainda é recorrente a reclamação sobre a falta de médicos do PSF. Na sua opinião, qual a causa dessa situação que persiste? O senhor tem alguma estratégia para um definitivo ponto final dessa ocorrência?”
Marco Antônio Lage: “Temos e ela já foi adotada. Eventualmente pode ter uma falta de médico em algum PSF, mas hoje eu atesto que não falta mais médico nos PSFs de Itabira. Nós recorremos aos consórcios de contratação de médicos através do consórcio, isso num projeto que demorou, mas foi aprovado pela Câmara Municipal, e hoje todos os PSFs tem médico de manhã à tarde, pode ser que algum ou outro ainda precise de mais médicos.
Isso também é um diagnóstico permanente que nós estamos fazendo. O UBS, atenção básica, que recebia apenas 16% do orçamento público até o início do meu governo, nós mais que dobramos isso, são 33 equipes, as UBS todas sendo reformadas, todas sendo reformadas fisicamente e sendo feitas também a reestruturação de equipamentos e a reestruturação humana também.
As UBSs, elas hoje têm médicos contratados que ocupam esse espaço de manhã e à tarde. As UBSs todas reformadas e cinco novas foram feitas ou estão sendo feitas, como Jardim das Oliveiras, Barreiro, Campestre, Fênix, que são UBSs que estavam, digamos assim, perda total, já não tinha nem como recuperar mais, então são cinco UBSs novas e as outras todas sendo reformadas com médicos e equipamentos novos.
A atenção básica é estratégica na saúde pública de qualquer cidade de Itabira, está avançando muito nesse sentido e eu acho que além disso a secundária também recebeu a reforma completa, a policlínica, o centro de reabilitação recebeu a reforma completa, o centro de especialidades odontológicas, reforma completa, nós trouxemos o Hemominas para Itabira, reabrimos a casa de apoio em Belo Horizonte, o novo o novo SAMU regional já inaugurado, enfim, o SAD, serviço de atendimento domiciliar, hoje são trinta pacientes, então a saúde pública de base está indo muito bem”.
Vagner Ferreira: “Uma cobrança do Itabirano é para ampliação do atendimento pediátrico na cidade, principalmente para os casos de urgência e emergência, inclusive com uma UTI pediátrica, quais as suas propostas para solucionar esse problema?”
Marco Antônio Lage: “A UTI neonatal, sem dúvida, é importante para Itabira. Itabira tem um problema da questão da pediatria, aliás, a pediatria é um problema nacional hoje. Faltam médicos pediatras, mas isso, a UTI é um projeto fundamental para Itabira, a UTI neonatal, mas não é uma decisão do prefeito, às vezes a Câmara Municipal debateu isso tanto, de forma irresponsável, de forma desonesta, mas a UTI neonatal ela é uma decisão, é uma habilitação que tem que ser concedida pelo Ministério da Saúde e Secretaria Estadual de Saúde, porque primeiro que eles têm que fazer o repasse de recursos, ela custa perto de R$ 1 milhão por mês. Então isso custa em torno de R$12 milhões por ano. Digamos que Itabira poderia, ainda se o prefeito quisesse dar uma canetada e contratar uma UTI neonatal, ele não poderia fazê-lo sem a habilitação, sem a aprovação do Governo do Estado e do Governo Federal.
Foi por isso que o meu governo fez um ofício oficialmente, oficiando a Gerência Regional de Saúde da Secretaria Estadual de Saúde, para que Itabira seja habilitada para uma UTI neonatal. Mas isso não é uma decisão do prefeito, é uma decisão do Estado e do Governo Federal. Claro que a gente acredita que com o movimento que Itabira vai fazer para se transformar no macropolo de saúde. Hoje nós já atendemos 500 mil habitantes, é sempre bom lembrar que a Saúde Pública de Itabira é responsável por mais de 500 mil pessoas das cidades do entorno.
Nós somos micropolo regional de saúde. E nós vamos nos transferir para o macropolo, já é algo definido junto com o Governo do Estado. E aí nós vamos passar para quase um milhão de pessoas em vinte e tantas cidades. Isso significa que nós vamos precisar de ter uma UTI neonatal em Itabira, porque uma cidade que é macro, como Belo Horizonte é macrorregional, como Ipatinga é macrorregional do Vale do Aço, do Vale do Rio Doce, Itabira macro dessa região, vai exigir uma UTI neonatal, investimento do Estado e do Governo Federal”.
Fernando Silva: “Candidato familiares de pessoas com autismo e outros transtornos relatam dificuldades com tratamento de seus entes, principalmente devido ao alto custo deste tratamento. O que pretende fazer para garantir a boa assistência médica a as pessoas que sofrem desses transtornos em nossa cidade?”
Marco Antônio Lage: “Olha, nós estamos trabalhando diuturnamente para transformar Itabira numa cidade moderna. Itabira precisa de ser uma cidade considerada uma cidade moderna para vencer seus desafios, inclusive da diversificação econômica, que é um tema que provavelmente nós vamos falar. Mas veja: ser uma cidade moderna pressupõe também ser uma cidade inclusiva, e cada vez mais nós temos crianças autistas cada vez mais nascem pessoas com o transtorno do espectro autista. No Brasil inteiro, Itabira não é diferente. Nós precisamos preparar a cidade para isso, já fizemos muito nesse mandato, criamos a carteirinha específica para o autista para ele ser identificado, seja transporte público, nos espaços públicos, de uma maneira geral. Nós temos uma escola pública hoje em Itabira, eu tenho orgulho de dizer, que recebe que acolhe o estudante autista melhor do que qualquer escola particular. Inclusive nós temos dados curiosos, que as mães e pais de alunos autistas da escola particular tem transferido seus filhos para a escola pública, e nós estamos acolhendo claro, a escola pública de todos. Porque ali sim a gente fez um acolhimento técnico para atender e para receber, e para educar melhor a criança com o transtorno com o espectro autista.
Mas veja, a gente precisa fazer mais. É claro que nós pensamos no centro de referência de capacitação de professores, de pais, de familiares e a preparação transversal de todo o serviço público para o atendimento do autista. Na saúde, na educação, na assistência social, em todos os setores do serviço público. E principalmente, educar a cidade, mobilizar a cidade, para a gente saber o seguinte: cada vez mais no Brasil e em Itabira, nós vamos ter pessoas com o espectro autista precisando de um tratamento adequado em todas as áreas”.
SANEAMENTO BÁSICO
Vagner Ferreira: “Em maio, o Instituto Mineiro de Gestão das Águas, IGAM, apresentou na Assembleia Legislativa de Minas Gerais, um relatório atestando elevados níveis de manganês, chumbo e outros materiais na água de Itabira. Essa contaminação se deve, em grande parte, à atividade minerária. Como o senhor pretende cobrar da mineradora vale compensação pelos danos ambientais e a saúde do Itabirano?”
Marco Antônio Lage: “Olha, é claro que a água de Itabira é comprometida pela mineração, não tem dúvida. Hoje nós vivemos, inclusive, a maior estiagem dos últimos 60, 70 anos no Brasil e em Minas Gerais e a população recente de falta d ‘água, além da questão da qualidade da água, há muitos anos, há pelo menos 30 anos. O problema que vai estar sendo resolvido com a questão da água do Rio Tanque, isso andou no meu governo e realmente agora vai avançar.
Mas a questão da qualidade da água é tratamento, não tem outra saída, né? As estações de tratamento, inclusive com as águas do Rio Tanque, isso melhora muito. Estou citando o Rio Tanque, que é o que nós temos hoje aqui, são alternativas para abastecer a cidade, muita água de aquíferos, muita água de postos artesianos e realmente a água, ela é própria para o consumo porque ela é muito bem tratada.
As estações de tratamento do Saae, naturalmente, existe muita responsabilidade disso, o Saae tecnicamente cuida muito bem disso. A água que chega para o consumo próprio, às vezes com coloração em épocas de estiagem, porque a água reduz muito o volume dela. Às vezes com problemas de coloração, mas a água, ela é tratada, a água que sai do Saae para as casas do Itabirano, ela é muito bem tratada. Agora, tudo se resolve com as águas do Rio Tanque.
São quase 30 km de distância. É uma transposição que vai custar mais de um bilhão de reais e a Vale já aprovou isso há duas semanas no seu Conselho de Administração e na sua diretoria. Tudo aprovado, tecnicamente, financeiramente, as equipes contratadas para a obra só depende agora da liberação do Governo do Estado, da licença ambiental e resolve definitivamente. São 600 litros por segundo de água boa, bem tratada, numa estação super moderna que vai ser construída no Alto dos Pinheiros, altamente tecnológica. E aí, de fato, a gente vai conseguir resolver. A Vale nos deve essa aí”.
Fernando Silva: “Candidato, uma das principais reclamações do Itabirano em relação à mineração se deve às nuvens de poeiras que recorrentemente atingem a cidade e ameaçam a saúde pública. Quais as suas propostas para lidar com a poluição do ar no município?”
Marco Antônio Lage: “Olha, também é outro tema recorrente, outro tema antigo em Itabira. No meu governo, nós nos unimos. A Prefeitura contratou a Unifei para a gente criar um monitoramento nosso da Prefeitura, que é o Itabira Ar. Porque antes, até então, o único monitoramento era da própria Vale. Então hoje a gente consegue comparar e ter o nosso monitoramento da qualidade do ar em Itabira. Tanto é que a Vale tem recebido sucessivas multas pela qualidade do ar. Se passar do nível tolerável, a Vale é multada pela Secretaria de Meio Ambiente. Alguns dias foi outra multa de R$7 milhões.
Agora é claro, a gente tem discutido com a Vale, não só as multas. Não bastam a gente multar, multar, multar e não ter a solução do problema. A solução do problema hoje é precisar trazer mais tecnologias para Itabira. Hoje a Vale reduz isso molhando as áreas mineradas. E só que a escolha de Sofia, você molha muito as áreas que são imensas, você falta água para o consumo.
E nós estamos em crise hídrica no Brasil e em Itabira também. E aí fica “a escolha de Sofia”. A gente molha para melhorar a qualidade do ar ou a gente economiza água para o abastecimento da cidade. Mas o que a Vale tem que ser feito agora é trazer as tecnologias. Nós estamos estudando isso, tem tecnologias inclusive no Canadá que a Vale usa e não usa em Itabira. Então tem que uniformizar as tecnologias e mais do que isso, cumprir inclusive aquilo que foi preconizado nas condicionantes do ano de 2000, há mais de 20 anos atrás, que são o cinturão verde em Itabira.
Os hortos florestais que a gente precisa de realizar, de fazer. De fato isso vai acontecer no segundo mandato. E o chamado cinturão verde que a Vale ficou de plantar e não plantou nos últimos anos. Alguns eucaliptos, mas a gente não quer eucalipto. Nós queremos árvores, hortos florestais, o cinturão verde para melhorar a qualidade do ar”.
SANEAMENTO BÁSICO
Vagner Ferreira: “Devido às questões geográficas, Itabira tende a crescer no sentido do manancial da Pureza, o que pode causar prejuízos ao abastecimento de água no município ou gerar dificuldades para o desenvolvimento físico da cidade. Exemplo disso foi a contaminação da água pelas atividades de uma empresa que estava instalada no distrito industrial. Como lidar com essa situação envolvendo o principal manancial para o abastecimento da população?”
Marco Antônio Lage: “Bom, primeiro foi um erro do passado, né, sem querer apontar dedos, mas foi um erro do passado liberar todo o manancial da Pureza para construções, inclusive do distrito industrial, que foi mal escolhido porque foi feito sobre uma região, sobre o manancial de uma região que produz água em Itabira, e sabendo, sabedores, que a água é um grande problema de uma terra, de um território minerado. Mas uma vez feito, agora é cuidar do que está sendo feito, não deixar ampliar enquanto nós não atestarmos que as águas do rio Tanque, nós vamos ter água em abundância de outras fontes, a gente não pode avançar. Embora a Pureza seja próxima de Itabira, é o vetor de crescimento de toda aquela região, mas enquanto não tivermos segurança hídrica em Itabira, não podemos acabar com a Pureza. Isso pode até acontecer no futuro, mas depois disso.
Então agora é fiscalização, monitoramento o tempo todo, para que não haja mais esse tipo de acidentes ou de crimes ambientais que possam contaminar a água manancial da pureza. Então isso é uma vigilância permanente, eu digo que agora nós estamos estudando já dois novos distritos industriais. Em hipótese alguma eles vão ser construídos naquela região, porque enquanto, repito, enquanto o projeto rio Tanque não for concluído em 2026 – é atestado que nós teremos água para os próximos 30, 50 anos em abundância em Itabira -, isso só vai acontecer também se cuidarmos, do ponto de vista ambiental, das nascentes da bacia, da cabeceira do rio Tanque e de toda a margem do rio Tanque, nós não podemos liberar a Pureza. E agora é fiscalizar o que já está feito, né, para que não aconteça mais crimes e acidentes”.
Fernando Silva: “Candidato, para além da falta de água, Itabira também sofre com problemas históricos relacionados à qualidade da água, que é entregue suja e com detritos em diversos bairros. Qual a sua proposta para solucionar de maneira definitiva essa questão da água suja aqui em Itabira?”
Marco Antônio Lage: “Então, esse é um problema histórico, como foi bem dito na pergunta, e por isso que nós perseguimos desde o primeiro dia do nosso governo, o projeto Rio Tanque, que é um projeto que está em desenho, sendo desenhado desde 2020, portanto tem 24 anos que se fala em Rio Tanque em Itabira, o problema da água é antigo e desde o início dos anos 2000 se projeta isso.
O projeto avançou através da contratação, através de um TAC assinado, um termo de ajustamento de conduta assinado pelo Ministério Público com a Vale, para que esse projeto fosse viabilizado, e avançou no meu governo.
No início do meu governo nós fizemos reuniões, fizemos uma diligência junto ao Meio Ambiente, junto ao Ministério Público, junto a AECOM, que é uma empresa alemã contratada pela Vale para atuar junto ao Ministério Público na arquitetura, no projeto técnico da transposição das águas do Rio Tanque, e junto ao governo do Estado, porque é uma licença ambiental complexa, porque são quase 30 quilômetros, passando em diversas propriedades, precisa de desapropriação, tem cortes, embora grande parte passa pelas estradas, mas tem ainda, têm supressão de árvores.
Essa licença ambiental avançou muito, ela está para ser assinada esta semana, finalmente pelo governo do Estado. Avançou o projeto técnico, avançou o projeto financeiro já aprovado pela Vale. Portanto, de novo, não tem aqui que enganar ninguém, a discussão da água, ela não pode ser feita como está sendo feita de forma desonesta e irresponsável, é a transposição do Rio Tanque a solução pro problema de volume, de quantidade de água em Itabira, pra não faltar mais água, pra ter água potável, água limpa, água de qualidade, e também pra gente poder avançar com novos distritos industriais”.
Vagner Ferreira: “O projeto de captação de água do Rio Tanque só será finalizado em 2026, conforme informações da promotora Giuliana Talamoni e da mineradora Vale. Até lá, o que o senhor fará para garantir a disponibilidade de água para o Itabirano, sobretudo, durante os períodos de estiagem?”
Marco Antônio Lage: “Já estamos fazendo, aliás, eu queria aqui fazer um parêntese. O Saae é muito criticado, às vezes, pela politicagem, pela discussão política, principalmente em épocas de eleição. Eu queria fazer aqui até o meu agradecimento aos servidores do Saae, a equipe do Saae. Nós temos técnicos espetaculares, pessoas com trinta anos ou mais de experiência, pessoas dedicadas que sofrem o problema de água em Itabira, muitas vezes, noites sem dormir, porque tudo recai, muitas vezes, sobre a autarquia – que estava sucateada, diga-se de passagem.
O Saae também sofreu muito por problemas de gestão. Equipamentos, nós renovamos neste mandato. O Saae , do ponto de vista de gestão, do ponto de vista de equipamentos, de estrutura física para trabalhar. O Saae merece os nossos parabéns, apesar de várias deficiências ainda, na comunicação com o público, no atendimento. A gente reconhece que precisa evoluir muito ainda, mas os técnicos do Saae têm feito milagres.
Itabira era para estar faltando água. Oue acontece sempre, pelo menos, 40% da população não tem água nos meses de estiagem. N ós estamos passando, neste ano, para o maior período de estiagem da história, dos últimos 60 anos em Minas Gerais, e olha que Itabira não está em situação, tem muitas cidades, pelo menos, eu li essa semana, que quase 20 cidades mineiras decretaram estado de calamidade público, estado de emergência por falta d ‘água.
Itabira com tanto problema histórico de água, o Saae tem conseguido fazer a limpeza de reservatórios, limpeza dos filtros. Nesses 3 anos e 8 meses de mandato, nós estamos trabalhando, investimos muito na redução de perdas que haviam demais, sobretudo nos reservatórios. Então, nós estamos conseguindo novos, ajuda da Vale, a contribuição da Vale, então, o Saae tem a missão de não deixar faltar água, inclusive, buscando água em caminhão pipa, no Rio Tanque, lá, em Senhora do Carmo”. (Tempo esgotado)
DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO
Fernando Silva: “Candidato pensando em uma possível exaustão mineral Itabira precisa encontrar uma alternativa para uma indústria que gere milhares de empregos diretos e indiretos. Se é possível e é responsável por mais de oitenta por cento dos recursos que circulam no município. Qual a sua proposta para substituir ou ser alternativa à mineração?
Marco Antônio Lage: “Ainda há muita gente que não acredita na exaustão mineral, mas é bom acreditar, né? O minério não dá duas safras. Então, se a Vale já anunciou que vai acabar em 2031, depois passou para 2041, portanto, nós temos aí 16, 17 anos de tempo, mas é bom não brincar com isso.
Nós precisamos trabalhar seriamente, tecnicamente e já estamos fazendo isso desde o primeiro dia do meu governo, desde 2021, desde o meu primeiro encontro com o presidente da Vale, no início do nosso governo, ainda em plena covid – numa reunião de uma hora e vinte minutos e com o presidente da Vale eu já pontuei com ele que Itabira não queria mais esmolas, que Itabira não queria mais praças da Vale, doação de quadras, Itabira queria um plano estratégico para diversificação econômica, que nunca houve. Nós tivemos um ensaio sobre isso lá atrás, no início da década de 90, no programa chamado Itabira 2025, porque naquele tempo, 2025, era o ano da exaustão mineral, depois foi renovado e 2025 chegou. Nós temos minério, mas o fantasma da da da exaustão contínua.
Só que o plano não avançou, nós não temos um plano, Itabira ainda depende 82% de forma direta ou indireta da mineração, de uma única empresa, que a gente chama de minériodependência. Então, nós temos o plano Itabira Sustentável, é transversal. Ele é um plano de Estado e não de governo, é da Prefeitura hoje, mas é pra sociedade civil tomar conta disso, junto com a Vale e junto com os futuros prefeitos, para que nos próximos 20 anos, Itabira tenha independência completa da mineração e são 61 e projetos fundamentais para isso”.
Vagner Ferreira: “Itabira vive o maior impasse da sua história com a exaustão das minas da Vale. Caso se eleja, o senhor tem algum artifício para enfrentar esse ponto final na dependência da mineração?”
Marco Antônio Lage: “Nós temos dois dos 61 projetos hoje colocados com a Vale, mas com 15 eixos estratégicos e a sociedade participar nas entidades, associações de classe, associações de comunitárias, sindicatos de Itabira. Então, hoje, nós temos uma reunião mensal com esse comitê que representa a sociedade civil organizada pra avançar com o plano chamado Itabira Sustentável. E entre os 61 projetos, eu julgo que dois são fundamentais: a famosa vara de pescar.
O primeiro é o tema da água do rio Tanque que nós já falamos aqui. Nós fizemos, demos um tratamento aqui ao tema social da água que é a água potável pras residências, para população de Itabira. Mas o tema da água também, nenhuma empresa vai vir pra Itabira sem água, cidade que falta água. Os dois distritos industriais que estão no nosso planejamento, os novos distritos, dependem do fornecimento de água para que esses investidores investem em Itabira. Ninguém vai botar o seu dinheiro na cidade que falta água pra população beber, ainda mais para sua indústria.
Então, isso é fundamental, água. E a água já tá colocada, avançou no meu governo. Eu espero que ainda este ano de 2024, a Vale comece as obras de transposição do rio Tanque, porque aí a gente já vira essa parte e já começa a fazer os nossos distritos industriais para coincidir em 2026 com a água chegando e o distrito pronto.
O segundo maior e principal projeto é a duplicação da rodovia que liga Itabira até a BR-381. Agora que o governo federal resolveu Caeté até Belo Horizonte, nós resolvendo Itabira até o trevo da 381 duplicada, nós queremos ser a Campinas de Minas. Itabira não pode exigir menos do que isso depois de oitenta e dois anos de mineração, de tantas riquezas que nós entregamos pro estado de Minas, pro governo federal, pro Brasil”.
SEGURANÇA PÚBLICA
Fernando Silva: “Na sexta-feira, dia 13, uma ação da polícia militar no centro da cidade resultou na morte de uma pessoa em situação de rua. Foram três tiros disparados. O senhor é contra ou a favor de ações como esta?”
Marco Antônio Lage: “Olha, esse tema realmente nos preocupa muito, né? E conversei inclusive essa semana aí como prefeito com o comandante Barcellos e ele me explicou aquilo que são os procedimentos da PM no Brasil todo. Quer dizer, quando acontece excessos ou é considerado um excesso de policiais na sua atividade de segurança pública, como aconteceu na última sexta-feira, a polícia abre o inquérito para investigar o caso, né?
Então, naturalmente, acredito que a Polícia Militar hoje já tem todos os mecanismos, os critérios, né? Para fazer as investigações, para chegar às suas conclusões. Naturalmente, a gente, isso choca sempre, né? A população, quando a gente tem um embate desses e que termina com fatalidade, né? E mas a polícia hoje tem seus procedimentos, suas investigações, seus inquéritos para chegar a uma conclusão do que aconteceu, do que houve, né? E se tiver culpado, de fato, vai punir os culpados, né? Isso tem sido recorrente no Brasil todo e Minas e eu acredito muito na polícia militar, acredito muito na capacidade da polícia militar de corrigir seus erros e de avançar, né? Nas suas obrigações, na sua atividade”.
Vagner Ferreira: “O senhor poderia informar sobre as condições das câmeras de segurança pública da cidade? O senhor tem alguma proposta específica para esse sistema?”
Marco Antônio Lage: “Olha, nós temos feito uma verdadeira revolução no tema da segurança pública em Itabira, no meu mandato. E é muito importante que se diga isso, porque às vezes é um tema que é tratado de forma desonesta, de forma irresponsável, sobretudo por políticos, né? Em busca de votos para tentar, inclusive, desinformar a população. Temos segurança pública, temos sério e importante. Primeiro que segurança pública, de uma maneira geral, é uma responsabilidade do governo do estado. Ainda assim, a prefeitura de Itabira, ela apoia, através de convênios, as forças de segurança.
Nós mais do que dobramos, no meu mandato, os convênios com Polícia Militar, Polícia Civil e Polícia Rodoviária. As três forças de segurança hoje, além do Corpo de Bombeiros, claro, tem hoje um convênio mais do que o dobro do que recebia antigamente da prefeitura, né? São mais de R$5 milhões pras três corporações. Isso significa para a adoção de equipamentos, de estrutura física, aluguéis, recursos humanos, porque infelizmente o governo do estado hoje não consegue, né, cobrir todas as demandas dessas forças de segurança no estado inteiro.
Se a Prefeitura de Itabira tem condições de contribuir, nós temos que contribuir para melhor segurança da nossa cidade. Além disso, só pra você ter uma ideia, toda a digitalização da polícia militar de Itabira hoje, que é diferenciada hoje do resto do estado, foi a prefeitura que bancou, quase um milhão de reais.
Mas veja, além disso, nós temos as câmaras de segurança, que é a Cidade Inteligente Conectada. São cerca de 300. 125 estão sendo instaladas. Agora é só uma tratativa com a CEMIG pra questão da energia elétrica, e são câmaras de segurança e são conectividade Wi-Fi de graça nas praças públicas, ponto de ônibus, nos espaços públicos da nossa cidade”.
Fernando Silva: “Uma possibilidade para os municípios fortalecerem a segurança pública é a criação de uma guarda municipal. O senhor pretende criar a guarda municipal de Itabira? Qual seria o formato dessa guarda? Com os agentes portando armas letais, por exemplo?”
Marco Antônio Lage: “Pretendo. É um projeto que foi colocado para a Câmara. Infelizmente a Câmara de Vereadores, que é a sua maioria contrária ao prefeito, não contrário aos bons projetos do prefeito, mas é uma postura política ou de politicagem. Apenas por questão de poder, não votou a favor da criação da Secretaria de Segurança Pública, que abrigaria entre outras iniciativas que seria a renovação completa da Transita, do sistema de trânsito em Itabira, que vai precisar de passar por uma renovação com o novo projeto de mobilidade urbana que está em curso em Itabira, e também a Guarda Municipal. Uma cidade acima de 100 mil habitantes você precisa de ter uma Guarda Municipal que vai nos auxiliar na segurança do comércio das áreas centrais, das praças, dos prédios públicos, de uma maneira geral na circulação, na rota, nos bairros.
Essa guarda municipal seria com arma de choque, não seria arma de fogo, arma letal. Seria uma guarda treinada com arma de choque e a gente vai desenhar o papel exato de todas as forças de segurança. A Guarda Municipal tem o seu papel, a PM tem o seu, e que não é fiscalizar comércio, fiscalizar roubos de celular na rua. Naturalmente, se pego em flagrante ok, mas a gente precisa da Guarda Municipal em Itabira para gente ter a sensação e promover mais segurança nas ruas da cidade.
Infelizmente a câmara votou contra e curiosamente, vereadores que votaram contra, que estão em campanha agora, seja prefeito ou seja próprio vereador, agora cobram mais segurança. Mas na hora de votar a melhoria da segurança pública na Câmara, por capricho, para travar o governo, votaram contra o povo, votaram contra a segurança pública de Itabira. Mas o povo tá entendendo e vai dar o troco no dia 6 de outubro”.
PERGUNTAS LIVRES
Fernando Silva: “O senhor chegou aqui há quatro anos como candidato e fez uma proposta inovadora. O senhor prometeu uma administração de qualidade, com muita eficiência, uma administração moderna. Na época, o senhor fez duras críticas aos seus antecessores. O senhor alegou que numa cidade com a arrecadação bilionária igual a Itabira, era inadmissível a população sofrer com o abastecimento de água. O senhor encantou com seu discurso e foi eleito. O senhor permaneceu, permanece, quatro anos no governo. Duas circunstâncias se mantiveram nesse período: a elevada arrecadação do município- arrecadação bilionária – e a eterna falta d ‘água, o eterno problema do abastecimento; Candidato, o senhor teve dinheiro de sobra, o senhor teve tempo de sobra, porque que nesse período a população sofreu tanto com abastecimento de água? Por que o senhor não deu conta do recado nesses quatro anos?”
Marco Antônio Lage: “A questão é boa, viu Fernando Silva, mas eu discordo da conclusão, né? Apesar da pergunta, a pergunta traz também uma conclusão equivocada. É verdade que a Prefeitura de Itabira sempre teve alta arrecadação, mas nós vivemos tempos cruéis, governos cruéis, inclusive com relação à falta d ‘água. Mas eu discordo. O meu governo resolveu o problema da falta d ‘água, só que é uma questão que não é uma obra simples.
Nós não podemos politizar o tema d ‘água, porque eu disse isso outro dia no podcast e é verdade. A água limpa não lava a política suja. O tema d ‘água tem que ser tratado com transparência, com honestidade, porque é um tema sério e a população sofre com isso. Nós vivemos os últimos 30 anos em Itabira com vários políticos que passaram, vários prefeitos que passaram aí, inclusive prefeitos que foram prefeitos mais de uma vez, que cobram a questão d ‘água agora e que não resolveram durante seu mandato. Um problema tão histórico, tão antigo. O problema d ‘água está solucionado, só que assim depende de uma obra, é um problema complexo.
Eu assumi em 202, 3 anos e nove meses atrás. E o único prefeito que conseguiu avançar com o projeto do Rio Tanque, que desde 2020 vem sendo falado em Itabira, foi o prefeito Marco. Fui eu que resolvi o problema junto ao Ministério Público, pressionando a Vale, pressionando o Governo do Estado e agora este ano, todo o projeto vai ser avançado. A obra começa para que em abril de 2026, nós vamos ter água limpa jorrando com abundância, uma nova estação do Alto dos Pinheiros em Itabira.
Então não é verdade que o projeto da água não avançou. Eu no meu governo, em três anos e oito meses, nís resolvemos vários problemas de tempos cruéis em Itabira; Tema da água tema cruel, o tema da fechamento da Casa de Apoio em Belo Horizonte para pacientes de câncer, que muitas vezes saíam de casa, lá da zona rura, de madrugada, para voltar na madrugada seguinte quase 24h depois para ficar na rua em Belo Horizonte, atrás de um tratamento. Não é por falta de uma Casa de Apoio. Uma educação que foi sucateada em Itabira, nós pegamos a educação em Itabira, em 460º lugar do IDEB, que é aquele índice do Ministério da Educação que mede a qualidade do ensino. A saúde pública [também estava] sucateada.
Ou seja educação uma das piores do Estado, saúde uma dos piores do Estado, falta d ‘água, as ruas esburacadas, falta de de asfalto novo, de recapeamento, problema de saneamento básico com só 40,70% do esgoto tratado em Itabira e estou entregando com 80%. Então isso significa que eu peguei uma cidade sucateada, resolvendo todos os problemas, inclusive o problema d ‘água que quem está trazendo a solução é o governo Marco Antônio Lage”.
Vagner Ferreira: “Candidato, em toda a eleição o Itabirano se depara com grandes promessas no decorrer da campanha. Normalmente nós temos duas tônicas, uma é o candidato sempre criticando o seu antecessor, ou antecessores, e fazendo sempre uma grande promessa. No passado nós tivemos promessa de um aeroporto na cidade, que não foi instalado. Internet para todos aqui no município, que até hoje nós não temos também. O senhor falou na sua eleição na sua candidatura a respeito de um metrô. O senhor acha que errou ao falar a respeito desse metrô, ou existe possibilidade de se implantar um projeto tão grande em Itabira?
Marco Antônio Lage: “Olha, a questão do metrô é boa. Boa essa pergunta também, porque politizaram também o tema. Não é um tema que entrou no meu plano de governo, eu fiz um comentário na campanha de 2020, que ia ser aprovado pelo governo anterior, abrir mais uma rua, mais uma avenida no lugar das linhas de trem que passam dentro da cidade. Porque a nova concessão de ferrovia que a Vale precisava, impõe a Vale tirar as cancelas de dentro da cidade, tirar os trilhos, desviar os trilhos para o entorno da cidade. Isso é lei, a Vale tem que cumprir isso até o próximo ano.
Ali eu disse o seguinte: ao invés de fazer uma nova rodovia, mais espaço para carro, vamos pensar no transporte público. Porque não usar essas mesmas linhas, essa mesma estrutura, para a gente fazer um trem, o metrô de superfície, para a gente melhorar o transporte público da cidade, que já era horrível naquele momento. Só que depois eu pedi o estudo junto com a Vale e não foi viável, porque a bitola daqueles trilhos, embora não tivesse no meu plano de governo, eu fui atrás desse projeto e seria inviável, porque teria que fazer um projeto novo e com nova construção.
Mas de qualquer maneira, nós estamos fazendo esse projeto de mobilidade urbana para o centro da cidade, com ônibus elétricos nos eixos, nas linhas tronco. O ônibus elétrico foi aprovado nos testes, muito bom, foram excelentes os testes. Então nós vamos adotar ônibus elétrico nas linhas troncos de Itabira, onde tem o maior fluxo de passageiros, e no lugar das linhas, nós não vamos ter estradas, ter novas avenidas para mais carro. Nós vamos fazer os parques lineares já aprovado com o Vale.
Nós mudamos o projeto, por isso que atrasou. E Itabira, que não tem um lugar para você levar seu filho, seu neto, para andar de bicicleta, nós vamos ter o parque linear da Vila Amélia, da Vila São Joaquim, do Areão. No lugar daquelas linhas, o que vai ser magnífico, áreas novas de convivência em Itabira.
Parques, praças, lugar para comer uma pizza, lugar para poder levar as crianças para andar de bicicleta, pista de skate, pista de bicicleta. E é isso que a Vale vai construir no lugar das linhas, ao invés de uma estrada, de uma rua simplesmente, ou do metrô que se mostrou inviável para este trecho. Mas os ônibus elétricos, os VLTs, o que seja, nós vamos estar no nosso projeto de transporte público, de um grande programa que já está em curso também, de uma mobilidade urbana em Itabira.
É eficiente, inclusive, para fazer as pessoas deixarem o carro na garagem e poder ter orgulho de entrar num ônibus, entrar num veículo deste para poder fazer a rotina dele, ir para o trabalho, ir para a escola. Então é essa a realidade, mas nós temos projetos auspiciosos sim para os próximos para o próximo mandato”.