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“Empresários de ônibus se acham donos da cidade”, diz vereador de BH após negociações sobre valor da passagem

vereador fala sobre subsídio para ônibus em Belo Horizonte

Foto: Karoline Barreto/arquivo CMBH

A Câmara Municipal, a Prefeitura de Belo Horizonte e dirigentes do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Belo Horizonte (SetraBH) se reuniram nesta quinta-feira (18) para negociar sobre o valor da passagem. Em meio a negociações, o presidente da Câmara Municipal de Belo Horizonte, Gabriel Azevedo (sem partido) disse que os empresários de ônibus “se acham donos da cidade”.

O vereador Gabriel Azevedo, em pronunciamento feito depois da reunião com a Prefeitura, disse que o Projeto de Lei 538/23 avançará na Câmara com a emenda substitutiva com tarifa zero para vilas e favelas, passe livre estudantil integral, passe da saúde, passe da mulher, passe social, ao custo total de R$ 7,3 milhões para o Município. O presidente da Câmara disse ainda que o subsídio será cortado caso as empresas não cumpram as exigências de manutenção e limpeza dos ônibus

Com o acordo entre as partes, as empresas do transporte coletivo de Belo Horizonte poderão receber um subsídio de R$ 512 milhões. Diante do aporte, o objetivo é o retorno da tarifa a R$ 4,50, valor anterior ao aumento de 33%, em vigor desde o último dia 23 de abril.

O poder legislativo deve pautar projetos de lei enviados pela Prefeitura para garantir que os recursos necessários para aplicação do subsídio sejam garantidos.

Embate

Apesar do acerto, a reunião apresentou divergências: de um lado, Prefeitura e Câmara; do outro lado, os empresários de ônibus. “Eu quero aqui elogiar o prefeito Fuad Noman e todos os meus 40 colegas vereadores. Não somos nós que estamos travando uma briga entre nós. A Câmara e a Prefeitura estão juntas travando uma briga com os empresários de ônibus, que se acham donos dessa cidade”, disse em forte declaração o vereador Gabriel Azevedo.

O presidente da Câmara disse ainda que quando os empresários solicitaram o subsídio de R$ 740 milhões, eles “não tem caráter ou não tem calculadora”.

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