A Câmara Municipal de Itabira, por decisão unânime de seus 17 vereadores, vai analisar a evolução do endividamento da Itaurb (Empresa de Desenvolvimento de Itabira), que hoje, segundo informações da prefeitura, acumula um passivo em torno de R$ 48 milhões. O requerimento pedindo a instauração de uma CPI (comissão parlamentar de inquérito) é de autoria do vereador Weverton Leandro Santos Andrade “Vetão” (PSB) e foi protocolado na reunião ordinária desta terça-feira, 16 de abril, na Câmara Municipal.
Em uma outra movimentação, ficou marcada para a próxima terça-feira, 23 de abril, às 19h, uma audiência pública para tratar da demissão de 160 rondantes do quadro da Itaurb. As demissões são justamente o estopim para a abertura da CPI na Câmara.
Segundo informou a Prefeitura de Itabira, a empresa pública deve exatos R$ 47.737.241,34 em ações trabalhistas, débitos do PIS e Cofins, seguridade social e outros passivos. Os cálculos, alega o governo municipal, reforçam o alerta do engessamento da máquina pública com as despesas da Itaurb e um prenúncio de que a situação econômica da empresa poderá chegar a um ponto de colapso.
A Prefeitura paga à Itaurb, anualmente, R$ 8,5 milhões para o trabalho de vigilância. Ao novo serviço contratado o repasse anual será de R$ 2,7 milhões.
O atual contrato de vigilância patrimonial com a Itaurb contempla 267 rondantes (vigilantes) distribuídos em diversos setores do município. Com o novo modelo de vigilância, o contrato será reduzido para 107 rondantes. A medida, alega o Executivo, é necessária para que não haja a demissão de cerca de 900 outros funcionários da empresa já que ela é deficitária.