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Enredo está pronto para a primeira Libertadores do Fluminense, mas há um Boca do outro lado

Fluminense

Foto: Marcelo Gonçalves/FFC

Está definido. No dia 4 de novembro, Fluminense e Boca Juniors decidem a final da Copa Libertadores da América. E entre argumentos sólidos e um tanto abstratos, não faltam elementos para nos fazer acreditar que o Tricolor Carioca pode, pela primeira vez em sua história, conquistar a competição mais cobiçada da América do Sul.

Primeiro, vamos pelo óbvio. O Fluminense é muito mais time que o Boca Juniors. Além de possuir valores individuais melhores – inclusive um dos melhores centroavantes do mundo hoje, na opinião deste que vos escreve -, coletivamente o Fluzão também se sobressai.

Após muito tempo, Fernando Diniz finalmente desenvolveu um trabalho longo e consistente. Com uma pré-temporada à disposição, o técnico brasileiro pôde montar seu elenco a dedos e o resultado surge de forma natural: um grupo que assimilou perfeitamente as ideias do seu comandante.

Desta forma, Diniz consegue promover inúmeras mudanças táticas ou de jogadores, sem perder a essência do seu jogo. Os próprios confrontos contra o Internacional são uma prova. Na primeira partida, em casa, uma escalação “kamikaze” que contava com Ganso, Arias, Keno, John Kennedy e Cano.

No segundo jogo, em busca de mais equilíbrio, substituiu JK por Alexander e não perdeu a competitividade, embora tenha sido inferior ao adversário na maior parte do tempo. Quem diria que aliar longevidade, recursos, jogadores e boas ideias daria tão certo?

Mas para além do que salta aos olhos, alguns fatos ocorridos ao longo da campanha reforçam o enredo de campeão. A superação após ficar com 10 homens em campo no primeiro jogo contra o ótimo Argentinos Jrs, a goleada contra o River na fase de grupos, a virada heróica contra o Internacional… histórias comuns aos times vencedores, mudando apenas os personagens.

Ainda há um fator importante: a final será no Maracanã. Imagina a apoteose caso o título fosse confirmado? Mas do outro lado há o Boca Juniors.

É o time mais forte da história do clube argentino? Longe disso. Apesar de contar com as estrelas Cavani e Rojo, além do promissor Barco, os xeneizes jogam um futebol de doer os olhos e chegam à final sem vencer um jogo sequer do mata-mata. Há muito tempo o Boca deixou de ser a equipe que aterrorizava os brasileiros. Ainda assim, trata-se do segundo maior vencedor da Libertadores, que acaba de superar o atual bicho papão do continente nas semifinais.

No entanto, se tudo transcorrer normalmente, o torcedor do Fluminense pode e deve estar otimista. O tricolor das Laranjeiras nunca esteve tão próximo, em todos os aspectos, do inédito título continental.

Victor Eduardo é jornalista e escreve sobre esportes em DeFato Online.

O conteúdo expresso é de total responsabilidade do colunista e não representa a opinião da DeFato.

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