A estudante de medicina Barbara Maia, de 27 anos, teve uma reviravolta em pouco menos de três meses. No dia 8 de maio, ela procurou um pronto-socorro por estar sofrendo com falta de ar, acreditando que seria uma crise de asma. Foi internada e intubada imediatamente e, duas semanas depois, teve o braço direito amputado. No dia 1º de agosto, ela recebeu alta hospitalar. Agora, ela luta para conseguir uma prótese biônica que vai permitir que ela recupere os movimentos do braço e possa realizar o sonho de se tornar médica.
Barbara tem uma doença autoimune rara chamada de Síndrome do Anticorpo Anti-Fosfolípide (SAAF), que facilita a coagulação do sangue, o que pode provocar trombose. Foi o que aconteceu com a estudante de medicina, que teve nesse período uma trombose no braço direito, dois AVCs, além de problemas decorrentes do longo tempo de internação, como falência renal e hemorragia intestinal, que fez com que ela tomasse aproximadamente 13 bolsas de sangue no CTI.
“Nunca pensei na possibilidade de passar por tanta coisa nesses quase 3 meses de internação na Santa Casa de Belo Horizonte… na qual quase perdi a vida. Mas Deus me deu o sopro da vida novamente e sou eternamente grata a ele e às várias pessoas que oraram pela minha recuperação”, disse Barbara.
Barbara recebeu alta no dia 1º de agosto e relata ter chegado em casa sem conseguir andar sozinha. Com as sessões de fisioterapia que fez, agora ela consegue realizar movimentos com as mãos e também andar sozinha. Para que consiga exercer a profissão de médica, ela precisa de uma mão biônica, que permite que ela tenha os movimentos dos dedos, da mão e do cotovelo. No entanto, o valor dessa prótese é de R$ 480 mil. Para conseguir arcar com esse valor, a estudante fez uma vaquinha para arrecadar a quantia de dinheiro necessária.