A projeção é para a manutenção da taxa de dependência, proporção entre idosos maiores de 65 anos e a população economicamente ativa (20 a 64 anos), nos níveis de 2020.
A recente reforma da Previdência, ocorrida em 2019, estabeleceu idades mínimas para homens de 65 anos e 62 anos para as mulheres, mas o Banco Mundial vê insuficiência nessas medidas para evitar o impacto do envelhecimento populacional brasileiro. Hoje, somente 54% da população economicamente ativa contribui para o Regime Geral da Previdência Social (RGPS), fragilizando a instituição.
O estudo faz sugestões de medidas que poderiam evitar o aumento da idade mínima de aposentadoria e, entre elas, a aproximação das idades de aposentadorias entre homens e mulheres, unificando também as regras aplicadas aos trabalhadores urbanos e rurais, a revisão de normas referentes às pensões por morte e revisão sobre os benefícios mínimos e as contribuições especiais. O problema do Brasil é o envelhecimento mais rápido que países europeus.
Na Europa a taxa de dependência dobrou em cerca de 70 anos, e no Brasil esse envelhecimento pode ocorrer em 23 anos, o que vai exigir ajustes rápidos nas políticas públicas e previdenciárias para evitar a derrocada do sistema.