Evacuados de Barão cobram renda mínima de salário mínimo da Vale – Veja vídeo
Moradores de Barão de Cocais acompanham, na manhã desta sexta-feira (28), em frente ao fórum municipal, a audiência de conciliação entre a mineradora Vale e o Ministério Público e a prefeitura. O município e a promotoria cobram uma compensação real da empresa para toda a população devido aos danos morais e materiais causados pelo risco […]
Moradores de Barão de Cocais acompanham, na manhã desta sexta-feira (28), em frente ao fórum municipal, a audiência de conciliação entre a mineradora Vale e o Ministério Público e a prefeitura. O município e a promotoria cobram uma compensação real da empresa para toda a população devido aos danos morais e materiais causados pelo risco de rompimento da barragem Sul Superior da mina de Gongo Soco.
O cocaiense Nicolson Pedro de Rezende, o professor Nic, representante dos evacuados, é um dos moradores que estão em frente ao fórum, com uma placa escrita “Renda Mínima”. “Queremos que a Vale pague pelo menos a renda mínima para os evacuados”, afirmou.
Esta renda mínima seria o valor de um salário mínimo (R$ 998). Atualmente, cada pessoa evacuada está recebendo R$ 405 por mês da empresa. “Estamos emprestando dinheiro para os evacuados. Já tem gente comprometida com agiota”, afirmou. Nicolson ainda acusou a Vale de forçar a venda dos terrenos na área evacuada por um baixo preço, interessada no potencial minerário que existiria nesse solo. A mineradora já havia negado essa denúncia.
No dia 8 de fevereiro, a área de autossalvamento foi evacuada após o alerta de rompimento chegar ao nível 2. Cerca de 500 pessoas foram retiradas de suas casas e várias áreas estão interditadas por tempo indeterminado. No dia 22 de março, o alerta chegou ao nível máximo (3), com risco iminente de colapso da represa de rejeitos da mineradora.