Uma das mais importantes entidades de Itabira, o Colégio Nossa Senhora das Dores (CNSD) celebra, neste ano, seu centenário. E a ação de encerramento às comemorações da data foi inaugurada ontem (31), no Museu de Itabira, região central da cidade. A exposição “CNSD: 100 anos” detalha, por meio de imagens, objetos e textos, parte relevante da história do CNSD, que se confunde com a do município. O prefeito Marco Antônio Lage (PSB), o vice-prefeito Marco Antônio Gomes (PL), o superintendente da Fundação Cultural Carlos Drummond de Andrade (FCCDA), Marcos Alcântara, e o vereador Júlio do Combem (PP) foram alguns dos presentes no evento da última noite.
A exposição reúne um acervo cuidadosamente selecionado para reviver marcantes memórias do centenário do Colégio. A Mostra retrata a obra que nasceu do vigor criativo, aliado à fé e persistência de uma missionária à frente de seu tempo, a fundadora Madre Maria de Jesus e sua prima Madre Maria Miguel. O resultado é a consolidação de em um colégio referência em educação de qualidade em Itabira e região.
Tradição e modernidade
Diretora do Colégio Nossa Senhora das Dores, Gisele Drumond Lage Assis Coura enfatiza algo importante sobre a história da instituição de ensino. Embora seja muito antigo, o colégio segue conectado com o que há de moderno na sociedade atual.
“A gente não pode confundir que a tradição tem a ver com tradicionalismo, porque o colégio está antenado a este mundo contemporâneo, proporcionando uma educação de qualidade e excelência nesse mundo que está em constante transformação. Podemos dizer que essa exposição foi preparada com muito carinho, com cuidado criterioso quanto à escolha do seu acervo, e demonstra uma parte de toda a sua história. De todo o legado deixado por Madre Maria de Jesus, que fundou essa tão importante instituição para Itabira e deixou seu legado além das fronteiras”, explica.
Já a curadora da exposição, Solange Alvarenga, relembra um fato curioso: Carlos Drummond de Andrade lecionou no CNSD. Além disso, ela traz mais detalhes sobre a preparação da mostra.
“A mensagem é de comemoração aos 100 anos do CNSD. Então é uma mostra onde haverá memória, afeto, é uma exposição singela, que conta a história de uma forma simples, mas que trará muita recordação e carinho. E é a memória de Itabira que está aqui, a memória da educação. Porque o CNSD, durante esses 100 anos, várias pessoas muito importantes estudaram lá, inclusive com nosso grande poeta Carlos Drummond de Andrade lecionando geografia e história”.
Marco Antônio Lage, por outro lado, destacou a relação entre o Colégio Nossa Senhora das Dores e a mineração em Itabira. Segundo ele, a entidade terá papel importante no futuro, com proximidade da exaustão mineral na região.
“A celebração do centenário do CNSD realmente se confunde com a história de Itabira emancipada. Isso mostra a história de referência para a educação e acho que essa exposição confirma muito a vocação de cidade educadora que Itabira sempre teve. E olha que o colégio nasceu quase 20 anos antes do surgimento da Vale, da mineração em larga escala. E, 100 anos depois, Itabira em mais 20 anos chega à exaustão mineral, com a cidade precisando se reinventar. E, curiosamente, a educação de novo aparece como uma força importante de diversificação econômica, de sustentabilidade do município. Então são coincidências muito interessantes”.
