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Falsa enfermeira que realizou vacinação tem prisão anulada pela Justiça

falsa enfermeira

Polícia Federal investiga o esquema desde março após vir à tona o caso de uma suposta vacinação contra a COVID-19 em uma garagem da Saritur (Foto: Edésio Ferreira/EM/DA Press)

A prisão da falsa enfermeira que teria vacinado empresários de Belo Horizonte com supostas doses de imunizantes contra a Covid-19 teve a prisão anulada pela Justiça nesta quinta-feira (8).

Uma desembargadora do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1) entendeu que não foram encontrados elementos suficientes que sustentasse a detenção de Cláudia Mônica Pinheiro Torres de Freitas, que, na verdade, é cuidadora de idosos, segundo a Polícia Federal. A informação da anulação da prisão de Cláudia foi dada pelo “O Globo” e confirmada pelo Estado de Minas.

Na decisão, a desembargadora Mônica Sifuentes considerou a prisão como irregular, uma vez que agentes da Polícia Federal não encontraram elementos que ligassem Cláudia a um esquema de vacinação irregular. Na ocasião, foram apreendidos seringas, agulhas, vacinas contra a gripe, cartões de vacina e soro fisiológico, o que levantou a possibilidade de as doses aplicadas em empresários de BH serem falsas.

+ Leia a matéria completa no Estado de Minas

Entenda o caso

No dia 25 de março, a Polícia Federal abriu um inquérito para investigar a denúncia feita a empresários e políticos que tomaram a vacina contra a Covid-19 às escondidas, em Minas Gerais. Eles teriam recebido a primeira dose da vacina da Pfizer contra o coronavírus, dois dias antes. O caso veio à tona após reportagem publicada pela revista “Piauí”.

Algumas semanas depois, o caso sofreu uma reviravolta. Após investigação intensa, a Polícia Federal chegou até a mulher que aparece aplicando as supostas vacinas nos vídeos gravados por uma funcionária da saúde de Belo Horizonte. Cláudia Monica Pinheiro Torres de Freitas, de 54 anos, é uma falsa enfermeira e tem um histórico de golpes.

O que a Polícia Federal descobriu é que há diversos processos contra ela na Justiça. Inclusive, em um dos casos levados à polícia, uma das vítimas diz ter perdido R$ 20 mil.

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