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FCCDA já investiu R$5,2 milhões em 2023, mas não detalha quanto foi empenhado em cada atividade

O superintendente da Fundação Cultural Carlos Drummond de Andrade (FCCDA), Marcos Alcântara. Foto: Guilherme Guerra/DeFato

O superintendente da Fundação Cultural Carlos Drummond de Andrade (FCCDA), Marcos Alcântara, esteve nesta segunda-feira (21) na reunião de comissões temáticas da Câmara Municipal de Itabira para prestar contas sobre as ações realizadas pela instituição em 2023. Foram investidos mais de R$5,2 milhões nos quase 30 eventos organizados, ou que tiveram apoio da Fundação. Somadas, todas as festividades reuniram mais de 250 mil pessoas. No entanto, não foi apresentado por Alcântara e muito menos questionado pelos seis vereadores presentes, quanto desse valor foi empenhado em cada iniciativa, como o pré-Carnaval, Carnaval e Festival de Inverno. 

Ao falar sobre os indicadores de investimentos no setor cultural, a apresentação de Alcântara só informava o total empenhado em ‘‘atividades-fim’’ e ‘‘atividades meio’’, onde já foram destinados exatos R$5.221.766,99. A parte da apresentação que discriminava o valor investido por ação realizada, se referia aos dados de execução do programa ‘Cultura Todo Dia’, que recebeu R$218.957,20 em 2023 para contratações de artistas através de editais. 

Outros R$530,246,76 utilizados pela FCCDA também foram detalhados. Tal verba foi empenhada em: 

Os vereadores Júlio César de Araújo “Contador” (PTB), Luciano Gonçalves ‘‘Sobrinho’’ (MDB), Rosilene Félix (MDB), Weverton Andrade “Vetão” (PSB), além de Roberto Fernandes ‘‘da Auto-Escola” (MDB) e Heraldo Noronha (PT) – que não acompanharam toda a prestação de contas -, não questionaram em nenhum momento sobre quanto foi gasto em cada uma das ações da FCCDA. Foto: Guilherme Guerra/DeFato

Ao abordar sobre os investimentos realizados, Marcos Alcântara afirmou que houve um crescimento e mudança na metodologia de trabalho da Fundação. Segundo ele, apenas 38% dos recursos investidos na antiga gestão eram voltados para ‘atividades fim’, que são aquelas focadas essencialmente no ramo de atuação. No caso da FCCDA, tais atividades seriam a contratação de artistas, realização de exposições, espetáculos, atividades educativas, entre outras. Os 62% restantes eram voltados para as ‘atividades meio’, como: custeio, contratação de pessoal, diárias e afins. 

‘‘Tenho o orgulho de falar que saímos de 38% da ‘‘iniciativa-fim’’ e chegamos a 57%. É algo histórico em Itabira e por isso estamos vendo muitas atividades. E não estamos vendo isso porque a Fundação começou a ganhar mais recursos, mas é porque estamos mudando o modelo de gestão da FCCDA. Temos uma equipe técnica reduzida, mas, muito técnica e capacitada, que consegue gerar e redesenhar nossos produtos, além de conversar com as instituições’’ disse Marcos.

Um exemplo citado nessa ‘‘nova metodologia’’ foi a parceria junto à mineradora Vale, que através de seu Instituto Cultural deixou de investir cerca de R$300 por ano, para financiar quase R$5 milhões anuais em iniciativas, 

Lei Paulo Gustavo

Em sua apresentação, o superintendente também mencionou sobre a Lei Paulo Gustavo, que repassará R$3,86 bilhões do superávit financeiro do Fundo Nacional de Cultura para estados, municípios e ao Distrito Federal, buscando fortalecer o fomento de atividades e produtos culturais. R$1.023.425,74 serão repassados em recursos para Itabira, sendo  R$542.210,96 destinados ao setor audiovisual e o restante empenhado em demais atividades culturais.

 

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