Se me perguntam se sou um dos idiotas, confesso publicamente que sim, talvez um dos principais. Se me pedem um castigo para a minha ignorância, preciso estudar todo tipo de castigo, exceto ver Itabira tornar-se o que a própria antiga Companhia Vale do Rio Doce (CVRD), oficialmente, não quis que se tornasse: um “bolsão de pobreza”. Mas, apesar de minha total tolice e dos que me acompanharam, conseguimos descobrir que há uma cilada até mesmo internacional pronta para nos degolar. Muito triste o que nos espera.
“Um jantar para idiotas”
Não tive saída. Então, acabei inspirando-me no exemplo do filme “Um jantar para idiotas”, transformando-o em “Festanças para idiotas”. Trata-se de um acontecimento em que pessoas ricas possam judiar de outras mais humildes, tornando-as verdadeiras palhaças. O filme é de 2010; gênero: comédia; duração: 114 minutos; origem: Estados Unidos; direção: Jay Roach; roteiro: David Guion e Michael Haldelman; distribuidor: Paramount Pictures.
Festas para tolos
Deu nisto: apareceu alguém com talento exótico e bizarro, além de estúpido o suficiente para ser ridicularizado por todos e concorrer ao prêmio de “o idiota de sempre”. Esse cara sou eu. Um perguntador curioso quer saber: “Por que é tão egoísta e requer o troféu?” Confesso, envergonhado, pelo menos exigindo justiça. Consigo provar que fui o primeiro, com base num conhecimento supérfluo, que ouvi a seguinte falsa frase, dita por um enganador profissional: “Meu partido é somente Itabira”. Essa falsidade me convenceu.
Depois de tantas e tantas festanças promovidas pelo poder público (absurdo dos absurdos), conseguimos descobrir que estávamos sendo enganados. Tudo pode ser completado em raciocínio lógico por: — confirmação de que o maléfico ama somente as coisas pequenas, detalhes, escolha de cores (sempre o tal vermelho); — promessas feitas às escondidas, só declaradas depois de eleito (exemplo: LGBTQIA+); — escolha do segundo e terceiro escalões de forma amadora e politiqueira, com perseguições à luz do inacreditável; — gastos de dinheiro de forma esbanjada; — presídio sem local para se instalar; — Unifei: fato que considero um escândalo (ao chegar no terceiro ano de administração declara abandono cruel a uma instituição que existe há mais de 15 anos); — instabilidade política causada pelo poder Executivo, insistindo em trocar farpas com o Legislativo (invenção de Gabriel & Cia. Ltda.); — R$ 4 bilhões somarão os seus gastos até o fim do mandato. E fez o quê? Coisinhas de prefeito cara de pau. Com o quê? Bilhões. Repetindo: R$ 4 bilhões. Não tem vergonha? Eu tenho. E o viajante de Turim e Estados Unidos quer continuar?
Sou eu o Zé Babaca!
De fato sou eu o estúpido. Por isso não fui à grande festa em que receberia o troféu imaginário de “o idiota do dia”. Envergonhado. Voltei do caminho porque a obra-prima do mentecapto é uma estradinha para ser asfaltada, de humilhantes 12 quilômetros ao custo de mais de R$ 50 milhões (deve ser cobertura de ouro, diamante e esmeralda). Os governos anteriores tiveram uma média de 90 quilômetros se dividirmos encargos. E ainda dói mais ainda porque, incrível dizer isto: a dinheirama para tal é emprestada, engulam mais essa! A menos que o minério dê mais safras como a jabuticaba.
No fim, o dia do grande jantar, ou festança, só tinha uma folha de papel falsa, vamos ver se começam essa obrinha antes do tempo chuvoso. Está um pouco demorado, sabem o motivo? Não estão em poder, ainda, da licença ambiental. Pela pequenez do empreendimento, talvez consigam dispensar esse pormenor. Trata-se de um “tiro de espingarda” a distância Ipoema a Senhora do Carmo, compara um outro imbecil parecido comigo. Esse esteve presente à festa do papel levantado para o ar como um prêmio.
A mentira que não faltou
Não faltou a deslavada mentira para ornamentar a festança de Duas Pontes, na sexta-feira, 28 de julho de 2023 (que conste na placa). Vai aí para não dizer que só falei de flores.
“Esta nova estrada vai gerar um mil empregos”.
Muito corajoso até para um Pinóquio pronunciar estas palavras, que ficam para a história da mentira nas páginas do livro dos recordes. E estampar na cara de cada um: somos os maiores bocós do planeta Terra.