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Festival de Inverno de Itabira terá Fundo de Quintal, Maria Gadú e Vanessa da Matta; confira as principais atrações

Vanessa da Matta é uma das principais atrações da 48ª edição do principal festival cultural itabirano - Foto: Divulgação

Em um ano marcado pela retomada dos grandes eventos abertos ao público, após o enfrentamento das fases mais severas da pandemia de Covid-19, o 48º Festival de Inverno de Itabira ocupará as ruas com uma programação recheada de grandes atrações. Na manhã desta terça-feira (14), o prefeito municipal Marco Antônio Lage (PSB) e o superintendente da Fundação Cultural Carlos Drummond de Andrade (FCCDA), Marcos Alcântara, anunciaram os principais nomes que prometem animar os itabiranos durante o evento — que acontece entre os dias 26 de junho e 17 de julho.

Durante 22 dias, estão previstos para acontecer três exposições, seis peças teatrais, oito intervenções urbanas, dez oficinas e 22 shows. Dentre as principais atrações estão: Academia da Berlinda, Ao Cubo, Fundo de Quintal, Johnny Hooker, Lagum, Maria Gadú e Vanessa da Matta.

“A política pública só pode ser desenvolvida de forma efetiva quando respeitado aquele princípio do ‘para e com’. Não tem como desenvolver política publica sem ouvir a cidade e os anseios do que a população quer para a realização do Festival de Inverno. A população tem um carinho enorme com o evento e, neste ano, tentamos desenvolver o Festival entendendo esses anseios. Então nos inspiramos muito nesse processo em um poema de Carlos Drummond de Andrade: ‘América’, que está no livro ‘A Rosa do Povo’. Nesse poema, tem um trecho que diz ‘uma rua começa em Itabira e vai dar no meu coração’. Então buscamos trazer o tema do Festival deste ano por meio deste poema, fazendo uma provação entre as ruas e as cores, trazendo vida pelas ruas da cidade”, destacou Marco Alcântara.

Marcos Alcântara, superintendente da FCCDA – Foto: Gustavo Linhares/DeFato

Para a realização do 48º Festival de Inverno de Itabira serão investidos cerca de R$ 900 mil — sendo R$ 500 mil da Prefeitura de Itabira, R$ 150 mil da Fundação Cultural Vale e R$ 250 mil vindos de outros parceiros, que ainda estão sendo consolidados.

“A ideia é consolidar projetos e produtos culturais sólidos que possam adquirir a confiança de investidores. Então temos a volta da Vale investindo na cultura de Itabira, ela investia pouco na cultura da cidade, se pensar no volume de investimentos da Vale nacionalmente. Mas nós temos que pensar e apresentar os projetos à Vale. E cada vez mais os nossos produtos serão assim, a exemplo dos outros grandes festivais. [Para isso], precisamos lançar mão das lei de incentivo à cultura. Então esses produtos culturais podem ser mais fortes e ter investimentos ainda maiores sem precisar usar recursos diretos [do Município]. Então precisamos fomentar, lançar e trabalhar esses produtos para que os investidores sejam estimulados a colocarem suas marcas em Itabira”, declarou Marco Antônio Lage.

Marco Antônio Lage, prefeito de Itabira – Foto: Gustavo Linhares/DeFato

A programação

As atrações foram divididas nos palcos “Mundo das Cores”, na Praça do Areão, onde devem acontecer as principais atrações; e nas estruturas “Meu Tempo no Presente”, montadas no Paredão da rua Tiradentes, onde serão realizadas apresentações para o público infantil, como os teatros “Peter Pan”, “A Bela e a Fera” e “Aladim”, e celebrações carnavalesca com os blocos Orquestra Atípica, Seu vizinho e Pisa no Fulô.

A abertura oficial do 48º Festival de Inverno de Itabira será no dia 25 de junho, às 19h, no Memorial Carlos Drummond de Andrade, com a exposição “Vida e Obra de Drummond”, com curadoria do neto do poeta, Pedro Drummond, e do artista Agnaldo Pinho.

O homenageado desta edição, o artista, jornalista e escritor Márcio Sampaio, também terá uma exposição aberta ao público no dia 7 de julho, às 19h, na Galeria da FCCDA. Já a artista plástica Yara Tupinambá abre a sua exposição no dia 14 de julho, na Galeria da FCCDA, às 19h.

A Praça do Areão será para palco para o grupo Fundo de Quintal, no dia 26 de junho; do show gospel Ao Cubo, no dia 30 de junho; Lagum no dia 3 de julho; Johnny Hooker, no dia 9 julho; Academia da Berlinda, no dia 10 de julho; Vanessa da Mata e a Orquestra Opus, no dia 15 de julho; e Maria Gadú, encerrando o evento no dia 17 de julho.

A programação completa estará em breve no site da FCCDA (www.fccda.com.br) e da Prefeitura de Itabira (www.itabira.mg.gov.br).

Homenageado

Nesta edição, o festival traz o nome de Márcio Sampaio como homenageado. Nascido em 6 de janeiro de 1941, em Santa Maria de Itabira, Márcio é filho de Altina Procópio Sampaio e Alberto Sampaio e pai de dois filhos. Jornalista, escritor, crítico de arte, artista plástico, curador e produtor cultural, além de professor aposentado da Escola de Belas Artes da UFMG.

Ainda no início da década de 1960, Márcio fundou, com um grupo de amigos, a revista de vanguarda Ptyx. Realizou sua primeira mostra individual em 1964, mesmo ano em que lançou o livro de poesias “Rubro Apocalíptico”. Passou a atuar como crítico de arte no jornal Diário de Minas em 1965 e lança seu segundo livro de poemas, “O Ciclo de Barro”.

No ano seguinte, começa a colaborar como ilustrador no suplemento literário do Minas Gerais, recém-criado pelo escritor Murilo Rubião (1916 – 1991). Participou da 9ª Bienal Internacional de São Paulo, em 1967. Entre 1968 e 1971, é coordenador do Museu de Arte da Pampulha – MAP (Belo Horizonte MG).

Em 1971, inicia a série de obras denominada Galeria Antropofágica e, no ano seguinte, assume a coordenação do Palácio das Artes de Belo Horizonte. Ingressou como professor na Escola de Belas Artes da Universidade Federal de Minas Gerais – EBA/UFMG em 1977, e se aposentou em 1999. Em 2005 é realizada na Grande Galeria do Palácio das Artes de Belo Horizonte a exposição Declaração de Bens, retrospectiva de 50 anos de sua carreira.

Tema

O tema “A Rua e suas Cores”, do 48º Festival de Inverno de Itabira, buscará questionar a cidade e suas ruas, analisando a importância, a espacialidade da rua, a dimensão da vida cotidiana presente em suas formas, pois ela representa a espacialidade das relações sociais, sendo palco de contínuos acontecimentos e constante movimento.

Foto: Divulgação/FCCDA
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