Estava prevista para ser apresentado nesta terça-feira (30), o relatório final da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Águas, que teve como objetivo investigar os problemas de abastecimento da água em Itabira e o derramamento de óleo na Estação de Tratamento de Água (ETA) Pureza, ocorrido em novembro de 2023. No entanto, o vereador Juber Madeira (PRD) pediu “vista” à apresentação, solicitando mais tempo para analisar as informações apuradas.
“Nós recebemos ontem (29) esse relatório através do e-mail oficial de gabinetes, por volta de 18h14, e esse projeto foi inserido dentro da pauta minutos antes do plenário, da reunião ser aberta. E não havendo tempo hábil, gostaria muito de ter um tempo maior para poder analisar, estudar o que foi apresentado durante o relatório, para que a gente possa votar com a consciência plena de que o processo em torno da CPI foi bem executado, foi bem feito”, disse Juber em entrevista à DeFato.
De acordo com a vereadora e presidente da CPI, Rosilene Félix (PSD), o relatório atestou problemas estruturais nos equipamentos e estações do Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae), ausência de cuidado com o abastecimento de água e o tratamento de esgoto, além da falta de capacitação dos servidores da autarquia:
“Posso adiantar que esse relatório comprova que as instalações da Estação Pureza estão sucateadas, que há uma falta de cuidado com a situação do abastecimento de água da nossa cidade, que é de responsabilidade do Saae, mas também é de responsabilidade da Prefeitura. Além das instalações, no sentido dos equipamentos serem antigos, há ainda a falta de segurança na entrada, a segurança dos trabalhadores, a falta de capacitação, a falta de cuidado com todo o sistema de saneamento de esgoto e a falta de interesse por resolver um problema nosso, que somos todos consumidores da água e merecemos uma água saudável, que chegue na nossa torneira e que chegue limpa, principalmente nas nossas casas”, disse.
Ainda segundo Rose Félix, após a aprovação do relatório, o documento será encaminhado para o Ministério Público: “Estou bem confiante de que a maioria vai votar favorável à aprovação do relatório, porque não há como, [votar contra] é votar contra a população, é negar um trabalho realizado durante meses e que reuniu informações importantes para consolidar outras”, das quais segundo a vereadora, a Polícia Ambiental, o Ministério Público, e o outros órgãos (como o Instituto Mineiro de Gestão das Águas – IGAM) já possuem, mas que a CPI levaria de forma consolidada para o Ministério Público do Meio Ambiente, da Saúde e do Direito Consumidor.