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Filas enormes geram revolta em itabiranos que reclamam de demora, atraso e irregularidades

filas

Foto: DeFato Online

Os itabiranos vêm enfrentando sérios problemas em relação à lotação das agências bancárias desde o início da pandemia do novo coronavírus. Na maioria das vezes, a movimentação intensa e o surgimento de grandes filas são consequência do grande aumento no número de beneficiários do auxílio emergencial.

Na manhã dessa quinta-feira, 26 de novembro, não foi diferente. Muitas pessoas reclamaram das filas lotadas logo no começo do dia. Outras ainda relataram que muitos “acamparam” na porta da Caixa Econômica Federal, na região central de Itabira, desde a noite dessa quarta-feira (25).

Não era nem 5h30 da manhã quando o montador de andaime Fábio Reis chegou à agência bancária para resolver uma documentação pessoal. Inconformado com a demora, ele apontou que esta é uma realidade que tem se repetido bastante nos últimos dias.

“Não é a primeira vez e nem a última que a fila fica desta forma, a situação é crítica. Eu me pergunto como uma cidade como Itabira, dispõe apenas de uma agência da Caixa Econômica Federal. Também me incomoda que as autoridades não estão aqui acompanhando o cansaço das pessoas”, relatou Fábio.

Quem também se mostrou bastante insatisfeita com a lotação foi a estudante Ana Flavia. Ela contou que chegou a se dirigir ao banco em outros dias, mas acabou desistindo. Além disso, ela informou que já viu pessoas passarem mal na fila.

“É realmente desumano o que nós estamos passando nesta fila. As vezes a pessoa fica horas aqui, passa mal, pois uma amiga minha se sentiu desconfortável na fila. E no fim das contas, o expediente acaba e não somos atendidos”, contou a estudante.

Foto: DeFato Online

Não bastassem os problemas com atraso e demora no atendimento, há também a questão da Covid-19. As longas filas, apresentam pessoas sem máscaras e despreocupadas com o distanciamento social.

A dona de casa Roseane, que tem uma filha com poucos meses de vida, relatou o medo que sente em ficar na fila com  a criança:

“As pessoas não respeitam o distanciamento, estamos com medo dessa doença que está solta por aí, mas infelizmente nós estamos aqui por que precisamos e não porque queremos. Eu não queria submeter a minha filha a isso, mas com quem eu vou deixa-la?”, desabafou.

Outra reclamação apresentada, foi a de venda de lugares nas filas. Duas moradoras da cidade, que não quiseram se identificar, disseram que muitas pessoas estão passando a noite nas filas simplesmente para poderem segurar uma vaga e vender para os interessados. “Já me ofereceram vaga por 100 e 50 reais, mas eu não quis”, disse uma delas.

A reportagem da DeFato Online tentou entrar em contato com a secretaria de desenvolvimento urbano de Itabira, visando questionar se a seção de posturas estava ciente das reclamações apresentadas. Tanto referente aos cuidados com o novo coronavírus, quanto as denuncias de venda de lugares nas filas. Porém, não obtivemos retorno.

O Banco

Em contato com a Caixa Econômica Federal, fomos informados que a empresa têm realizado a triagem das filas na agência de  Itabira, bem como também a recepção qualificada dos clientes durante todo o horário de funcionamento. Somado a isso, mantém sinalização/delimitação dos pisos externos das agências, além recepcionistas que conduzem a organização das filas, de forma a garantir o devido afastamento entre as pessoas.

Ainda, ressaltaram que não é preciso madrugar nas filas e esclareceram, ainda, que todas as pessoas que comparecem às agências no período compreendido entre 8h e 13h são atendidas no mesmo dia. Elas recebem senhas e, mesmo com as unidades fechando às 13h, os atendimentos continuam até o último cliente.

Foto: DeFato Online
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