O governo argentino solicitou ao Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) uma lista com a identificação de pessoas proibidas de frequentar os estádios mineiros de forma a impedir suas entradas no jogo final da Libertadores, no dia 30, entre Atlético Mineiro e Botafogo e no dia 23 de novembro, no jogo da Sul-americana, entre Cruzeiro e Racing.
As informações partiram do promotor de Justiça Marcos Paulo de Souza Miranda, coordenador do Centro de Apoio Operacional Criminal (Caocrim), do MPMG.
“Recebemos uma demanda do governo argentino, que nos solicitou informações sobre pessoas com restrição para frequentar estádios aqui em Minas Gerais. Fizemos um esforço enorme, pois isto não está sistematizado até o momento. Então, precisamos profissionalizar esse sistema e elaborar um cadastro unificado”.
A informação foi feita em meio à realização da primeira reunião das forças de segurança pública mineiras e clubes de futebol pelo Grupo de Intervenção Estratégica de Enfrentamento às Ações Criminosas de Torcedores Violentos e Torcidas Organizadas (GIE Torcidas).
O grupo é uma consequência de eventos violentos envolvendo clubes mineiros, como o ocorrido na emboscada de torcedores do Palmeiras contra torcedores do Cruzeiro, na Rodovia Fernão Dias, no dia 27 de outubro, onde uma pessoa morreu e na quebradeira no final da Copa do Brasil, no dia 10 de novembro, na Arena MRV, entre Atlético e Flamengo.
A partir desse primeiro encontro, outros ocorrerão mensalmente.
Nessa primeira reunião quatro medidas consideradas essenciais deverão ser tomadas, como: reconhecimento facial nos estádios, a criação de um cadastro único de pessoas com restrição às arenas esportivas, a rastreabilidade dos ingressos das torcidas organizadas e a criação de um protocolo de emergência.