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Flamengo conquista a Supercopa do Brasil, contra o Botafogo

Flamengo conquista a Supercopa do Brasil, contra o Botafogo

Foto: Flamengo

Jogando de maneira dominante, o Flamengo bateu o Botafogo neste domingo por 3 a 1, no Mangueirão, em Belém, e conquistou a Supercopa Rei. Os titulares do time rubro-negro foram muito superiores nos aspectos físico e tático, aproveitando, assim, a desorganização do rival, ainda sem treinador e com uma semana a menos de treino por causa da temporada desgastante no ano passado, para ficar com o primeiro troféu de 2025. Bruno Henrique, destaque do jogo com dois gols, e Luiz Araújo fizeram o dos flamenguistas. Patrick de Paula anotou o de honra dos alvinegros.

A partida colocou frente a frente rivais em situações distintas. Campeão brasileiro e da Libertadores, o Botafogo optou por reformular o elenco, deixando, assim, medalhões com alto salário que estavam no banco ir embora, e negociando os craques Luiz Henrique e Almada com a Europa. Porém, o clube também perdeu o técnico Artur Jorge para o Catar e ainda trabalha com paciência no mercado – até demais – para suprir as lacunas no elenco visado as principais competições.

Já o Flamengo, pelo contrário, manteve a sua base com a qual trabalhou na reta final de 2024 e conquistou o título da Copa do Brasil. Alçado ao cargo de técnico no time principal após a demissão de Tite, o ídolo Filipe Luís perdeu Gabigol e o zagueiro Fabrício Bruno, ambos reforços do Cruzeiro. Porém, recebeu Danilo, lateral-direito da seleção brasileira que deve atuar na zaga, enquanto ainda aguarda a recuperação do lesionado Pedro.

Antes da partida, a cantora Joelma, ex-Calypso e ícone da cultura paraense, se apresentou ao público. Segundos antes do apito inicial, um temporal caiu sobre Mangueirão e a bola começou a rolar debaixo de muita chuva. O dilúvio atrapalhou futebol de ambas as equipes, que prezam pela troca rápida de passes para irem ao ataque, com poças e gramado escorregadio. O Flamengo começou melhor e saiu na frente logo cedo. Bruno Henrique foi derrubado na área por Lucas Halter, e converteu a penalidade, aos 12 do primeiro tempo.

Temporal interrompe o jogo

Aos 15, a partida foi interrompida por causa da má condição do gramado causada pela chuva. Após uma hora e 16 minutos de paralisação, a partida recomeçou com o Flamengo em alta rotação, enquanto o Botafogo ainda tentava se encontrar. Fazendo apenas o segundo jogo da temporada, os titulares do time alvinegro demonstraram falta de ritmo e, ainda sem técnico, desajustes táticos. A equipe botafoguense virou presa fácil e Bruno Henrique, novamente, aproveitou erro da defesa para fazer um golaço e fazer 2 a 0, aos 19 minutos.

Diante de um Botafogo desnorteado, que até mostrou bom futebol na vitória sobre o Fluminense, o time rubro-negro foi amplamente dominante até o fim da etapa inicial e não fez o terceiro por capricho. Os comandados de Filipe Luís povoaram o campo adversário, ganhando facilmente disputas no setor central, e obrigando os botafoguenses a optarem pelo chutão para se desfazer do perigo.

Confirmação da vitória no segundo tempo

No segundo tempo, o panorama pouco mudou. Enquanto o Flamengo continuou dominando o meio-campo, com destaque para as atuações de Gerson e De La Cruz, o time alvinegro demonstrou um pouco mais de ímpeto. Porém, a falta de organização impediu qualquer oportunidade de levar perigo à meta de Rossi. Michael, aliás, teve muito espaço para trabalhar e foi o mais acionado da equipe no segundo tempo.

Já Igor Jesus, camisa 9 da seleção brasileira, passou a partida inteira isolado e precisou sair do ataque para recuperar bolas. O centroavante foi uma ilha de lucidez na bagunça alvinegra, tentando clarear jogadas e prender bolas na frente. A linha alta do Flamengo foi pouco explorada e os lances de contragolpe foram poucos. O estreante Artur também teve atuação tímida. O Clássico da Rivalidade, portanto, fez jus ao nome nas disputas acima do tom, com pegas fortes e muito bate boca entre os atletas.

Filipe Luís teve mais cartas na manga

O elenco também fez diferença. O técnico Filipe Luís tinha Arrascaeta e Luiz Araújo no banco para colocar em jogo e manter o nível do Flamengo. Porém, o interino Carlos Leiria dispunha somente de juniores como opções ofensivas para tentar mudar o panorama do Botafogo na partida, e demorou a mexer. Assim, o resultado foi o time rubro-negro com mais fôlego conforme o relógio foi passando.

O único lance de perigo dos botafoguenses em todo o confronto foi uma finalização de Alex Telles no travessão. Aos 37, o zagueiro Lucas Halter, que já havia feito o pênalti e errado o tempo de bola no segundo gol de Bruno Henrique, vacilou no domínio e perdeu a bola para Luiz Araújo, que invadiu a área e bateu de “cavadinha” para fazer 3 a 0 e fazer a torcida gritar “é campeão”. Antes do apagar das luzes, porém, Patrick de Paula descontou, aos 41.

Com informações da agência Estadão Conteúdo.

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