Após ter confirmado que a edição de 2023 do Festival de Inverno teria a liberação de coolers e bolsas térmicas, a Fundação Cultural Carlos Drummond de Andrade (FCCDA) voltou atrás, seguindo orientações dos órgãos de segurança pública e determinou a proibição da entrada de tais itens. Em entrevista à DeFato, o superintendente da FCCDA, Marcos Alcântara explicou os motivos que levaram à proibição, mesmo com reprovação de parte da população itabirana, dizendo: ”O plano de segurança é superior a qualquer fala minha’’.
A Prefeitura de Itabira e a Fundação Cultural Carlos Drummond de Andrade haviam anunciado durante o lançamento da 49ª edição do Festival de Inverno que o evento teria um novo esquema de segurança, principalmente nas atividades que serão realizadas na Praça do Areão. Toda a imediação do local será fechada com uma estrutura metálica e o acesso do público só poderá ser feito após revista e apresentação de documento pessoal nas duas portarias de entrada.
O esquema também dava conta que, assim como em 2022, os populares poderiam levar bebidas em seus coolers e caixas térmicas – exceto em garrafas de vidro -, que passariam por fiscalização de segurança.
‘‘Tivemos reuniões quase semanais para alinhar tudo com a Polícia, que estará presente de forma permanente em nossos eventos. Além disso, teremos uma empresa certificada e reconhecida pela Polícia Federal, brigadistas com curso de formação e uma parceria com a Cruz Vermelha Brasileira, dando suporte voluntário’’, disse Marcos Alcântara, superintendente da Fundação Cultural Carlos Drummond de Andrade, durante o evento de lançamento do Festival de Inverno.
No entanto, nesta semana, a FCCDA voltou atrás e proibiu a entrada de coolers e bolsas térmicas em todos os eventos do festival. Segundo Marcos Alcântara, a medida foi tomada por orientações vindas da Polícia Militar, Polícia Civil, Corpo de Bombeiros e demais entidades que ajudaram na elaboração do plano de segurança.
‘‘O que a gente mais defende e trabalha de forma mais estratégica, é o plano de segurança. Não é somente fazer um evento, colocar um evento em uma praça pública, em qualquer lugar da cidade. Mas sim, ter uma estratégia do que estamos fazendo. Desde quando assumimos, estamos desenhando os eventos, não entregando um ‘palquinho, com sonzinho’ e um show num lugar qualquer. A gente faz todo um planejamento, cenografia, desenho e planejamento de concepção’’, disse Marcos
‘‘A partir do momento que a equipe traz elementos que demonstrem que há certa insegurança ao permitir cooler e bolsas térmicas, tenho que aceitar essa opinião’’. O superintendente finalizou dizendo que o plano será executado ‘‘de uma forma que Itabira nunca viu, e sempre irá defender a segurança, tranquilidade, qualidade e conforto nos eventos, visando trazer lazer, emprego e renda ao município.’’
Projeto
Ambulâncias com UTI, saídas de emergências delimitadas e sinalizadas, pontos de segurança com visão 360º – no centro da praça -, também irão compor todo o projeto de segurança do evento.
‘‘Pode acontecer algo? Pode acontecer em qualquer lugar, em qualquer momento. Em eventos isso não é diferente. Não conseguimos prever, mas o que temos feito é criar estratégias reais’’, respondeu Marcos ao ser questionado sobre o modelo de segurança.
Além de todo aparato de segurança, a Praça do Areão contará com dois grandes palcos para shows, espaço para pessoas com deficiência, área de alimentação, brinquedos infláveis gigantes e setor de banheiros.