A cidade de Mariana completou na última semana 323 anos. E para reforçar a data, a Fundação Renova, criada para coordenar e executar ações de reparação aos impactos do rompimento da barragem Fundão, em 2015, divulgou uma carta aberta aos moradores da cidade. Por meio do documento, além de prestar contas sobre ações já realizadas e em andamento, a Fundação informou que pretende investir R$100 milhões na diversificação econômica do município.
Dentre as propostas apresentadas está a revitalização da Praça Gomes Freire e aportes para incentivar o turismo na cidade; reativação e fortalecimento da cooperativa de laticínios, com previsão de início das obras em outubro e implantação da Casa do Empreendedor. É contemplado ainda a aquisição de infraestrutura e assessoria técnica para elaborar o Plano Diretor de Mariana, a fim de promover o crescimento sustentável da cidade.
Outro ponto contemplado é a construção do aterro sanitário em Mariana, obra já em andamento, mas que agora vem acrescida da criação de um fundo para que a Prefeitura possa fazer o gerenciamento das operações por cinco anos. Há ainda a reforma e ampliação do Centro de Atenção Psicossocial Infantojunevil, a ser entregue no primeiro semestre de 2020.
Distrito Industrial também no planejamento
Ainda focando no desenvolvimento econômico de Mariana além da mineração, a Fundação Renova deu início aos estudos para viabilizar o distrito industrial na cidade. O instituto ainda irá fazer o loteamento Cristo Rei, para que a Prefeitura possa ampliar os programas de moradia popular. Outras obras e projetos em andamento, como o reassentamento das famílias atingidas pelo rompimento da barragem somam valor adicional de R$600 milhões.
Ações são baseadas em Termo de Transação e Ajustamento de Conduta
Esta série de obras e ações divulgados pela Fundação Renova é originada do Termo de Transação e Ajustamento de Conduta (TTAC), assinado junto ao Ministério Público para reparar os profundos impactos com o desastre ambiental do rompimento da barragem. Desde 2016, a Fundação vem promovendo obras de reassentamento, contenção e manejo de rejeitos, recuperação de infraestrutura e ambiental, programas de assistência técnica a produtores rurais e capacitação de mão de obra e fornecedores locais. Todas estas medidas custaram R$1,9 bilhão.