Mesmo com a ausência de Neymar, não faltavam candidatos para o gol heróico da vitória brasileira contra a Suíça hoje (28). Vinicius Junior, Richarlison, Rodrygo, Raphinha, Paquetá…
Mas os astros (não os do campo) parecem ter agido para premiar aquele que é, até aqui, o melhor jogador da seleção brasileira na Copa do Mundo. Menos midiático que os demais, Casemiro faz uma competição soberba, com um nível de atuação que fez dele um dos maiores ídolos do Real Madrid no século.
O gol, obviamente, dispensa comentários. Uma batida de primeira, com a parte de fora do pé, sem chances para o excelente Sommer. Mas vou além. Como primeiro volante, Casemiro demonstra uma leitura de jogo rara para alguém da sua posição.
Inteligente e sempre bem posicionado, o volante revelado pelo São Paulo não precisa correr léguas de distância para se impor sobre os adversários. O faz com naturalidade.
Com a bola, o alto nível se mantém. Sem se limitar a passes burocráticos, Casemiro controla o ritmo do meio campo, com ótimos passes entre-linhas e inversões de bola que “desafogam” o time.
É claro que a organização defensiva da seleção brasileira facilita o trabalho. Mas o Casemiro da Copa é o Casemiro que assistimos há anos. Um volante seguro, inteligente, elegante e raro no futebol mundial. Aquele que, mesmo sem o gol desta tarde, já era nosso melhor jogador na Copa do Catar.
Victor Eduardo é jornalista e escreve sobre esportes em DeFato Online.
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