As chuvas que atingem Minas Gerais no início deste ano seguem causando estragos. Na última terça-feira (10), a Prefeitura de Governador Valadares decretou situação de emergência devido à cheia e ao transbordamento do Rio Doce. De acordo com as autoridades locais, a cidade possuí mais de 11 mil pessoas desalojadas e que precisaram ir para a casa de parentes e amigos. O município também contabiliza 447 desabrigados e que estão sob os cuidados do poder público.
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“A inundação tem atingido, direta e indiretamente, aproximadamente 15 mil pessoas que residem em cerca de 23 bairros às margens do rio. O decreto visa permitir que ampliemos o suporte oferecido aos atingidos”, afirmou o prefeito André Luiz Coelho Merlo (sem partido).
Em um vídeo publicado no Instagram, a Defesa Civil de Governador Valadares informou que o nível do Rio Doce vem descendo lentamente — na terça-feira estava em 3,33 metros acima da cota de inundação, já na segunda-feira (9) o índice era de 3,45 metros. Mesmo com o nível da água abaixando, as autoridades valadarenses pedem para que a população mantenha o alerta e fique atenta às medidas de segurança, sobretudo nas áreas que historicamente sofrem com alagamentos e inundações.
Em nota, a Prefeitura de Governador Valadares destacou que “a decretação da situação de emergência considera os riscos às vias públicas, edificações particulares, áreas de ocupação e em prédios públicos, inclusive o risco de desabastecimento de energia e água potável, além da real dificuldade do pleno e integral funcionamento dos serviços públicos municipais. Também leva em conta a segurança de pessoas e de bens públicos ou particulares, além da obtenção de recursos financeiros e outros fatores, de maneira a resguardar os interesses públicos”.
“O decreto é um importante recurso utilizado pelo município diante de uma situação atípica, como é o caso de uma enchente, que possibilita obter recursos federais e estaduais para a recuperação da cidade, além de facilitar a liberação do FGTS às pessoas cujos imóveis tenham sido afetados pelas chuvas”, completa a nota.