Depois da tentativa fracassada em colocar o ex-ministro da Fazenda Guido Mantega no comando da Vale, o governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está sendo aconselhado a não tentar interferir na indicação para a presidência da mineradora.
Em conversa de bastidores, interlocutores de Lula comentavam que o governo não havia desistido totalmente de influenciar nas articulações para definir o nome do novo CEO da empresa.
O Conselho de Administração da Vale se reúne nesta semana para debater o futuro do atual CEO da mineradora, Eduardo Bartolomeo.
Após a tentativa frustrada de Lula em impor um nome, conselheiros da empresa apostam na manutenção de Bartolomeo no posto.
Um interlocutor do presidente Lula afirmou que não existe clima para uma interferência na empresa.
As reações negativas entre investidores nacionais e estrangeiros levou o governo a recuar da sua pretensão ao nome da Mantega, que colocaria em risco novos investimentos no País, na empresa e no setor de mineração.
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, disse na semana passada que o presidente Lula jamais cogitou interferir na Vale, e que a empresa, por ser privada, tem toda a liberdade para definir seu futuro.
As declarações de Silveira, segundo interlocutores do presidente, avaliam que foi passada a mensagem de que o melhor caminho é não fazer nenhum movimento para indicar alguém ligado ao governo para a dirigir a mineradora.