Na coletiva de imprensa que aconteceu na última quinta-feira (2), o Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM) apresentou os dados da produção minerária no país relativos ao primeiro trimestre deste ano. Os números atualizados também fazem uma comparação com o primeiro trimestre do ano passado.
O IBRAM levantou que, com exceção do ouro, que teve a média trimestral de preço 7,7% maior do que no 1T23, as demais commodities apresentaram queda no valor. As mais significativas foram as do níquel e do zinco, de 37,8% e 22,1%, respectivamente.
“Apesar dos muitos obstáculos à competitividade, à previsibilidade, à segurança jurídica a indústria da mineração responde com resultados cada vez mais surpreendentes. São dados que se transformam em benefícios socioeconômicos para os brasileiros”, disse o presidente do IBRAM, Raul Jungmann, na coletiva.
Minas Gerais, Pará, São Paulo e Goiás tiveram alta no faturamento com minérios. Assim, Minas Gerais respondeu por 42% do faturamento nacional; PA 37%; BA e SP por 4% cada. Cobre foi responsável por 7% do faturamento; ouro por 6,8%; e granito por 2,6%.
No comércio exterior, a diferença entre exportações e importações de minérios foi bem positiva. As exportações cresceram 18,3%, passando de US$ 9,21 bilhões para US$ 10,9 bilhões do primeiro trimestre do ano passado para o primeiro trimestre deste ano.
Foram exportadas 87,5 milhões de toneladas de minérios, um aumento de 11,3%. As importações recuaram de US$ 2,88 bilhões para US$ 1,99 bilhão.
Em relação às exportações, houve aumento de 30,6% para as do minério de ferro. Em toneladas o aumento foi de 11,9%, passando de 75,2 milhões de toneladas para 84,1 milhões de toneladas.
As vendas externas de ouro apresentaram forte queda. As exportações de bauxita, caulim e cobre aumentaram e houve queda para o manganês.
Em relação às importações, houve uma queda de mais de 30% nas importações minerais em US$, e queda de 0,1% em toneladas. O destaque ficou por conta do aumento de compras de carvão e potássio.
Minas Gerais é o estado brasileiro que mais arrecada a Compensação Financeira pelo Imposto Mineral (CFEM). Os dados coletados pela Agência Nacional de Mineração (ANM) também mostram que a arrecadação cresceu no estado em relação ao mesmo período de 2023. O segundo estado que mais arrecadou o imposto foi Pará.
Em termos de empregos a indústria da mineração fechou março com mais de 214 mil empregos diretos, com a criação de quase 4 mil novas vagas de novembro de 2023 a março deste ano.