Nesse domingo (17), uma série de grupos de caminhoneiros, incluindo transportadores de combustível de Minas Gerais, prometeram uma nova paralisação a partir de 1° de novembro. O movimento segue na esteira de outros que já aconteceram, com pouca força, ao longo de 2021. O motivo são os seguidos aumentos abusivos nos preços dos combustíveis no Brasil.
Os caminhoneiros exigem, além da baixa nos valores, que o governo cumpra com a promessa do frete mínimo. Outra reivindicação é o retorno da aposentadoria especial após 25 anos de contribuição ao INSS. O estado de greve de 15 dias foi definido após uma assembleia de motoristas conduzida por sindicatos do Rio de Janeiro, com participação de lideranças da greve de 2018.
Essas lideranças não tinham participado de nenhuma das greves convocadas ao longo desse ano. Por meio de seu perfil no Twitter, a Frente Parlamentar Mista dos Caminhoneiros Autônomos e Celetistas, presidida pelo deputado federal pelo Rio Grande do Sul, Nereu Crispim (PSL), se propôs intermediar as negociações com o Planalto.
A Frente Parlamentar Mista dos Caminhoneiros Autônomos e Celetistas se propõe a fazer a interlocução com governo para atender às demandas da categoria. https://t.co/bpRadnWHPF
— Dep. Federal Nereu Crispim (@nereucrispim) October 17, 2021
Caminhoneiros mineiros
Em Minas Gerias, o presidente do Sindicato das Empresas Transportadoras de Combustíveis e Derivados de Petróleo (Sindtanque-MG), Irani Gomes, confirmou ao jornal Estado de Minas que a entidade pretende aderir à greve. “É uma luta só. Esse movimento é mais horizontal, não tem uma liderança nacional. Mas, a gente aqui apoia sim. Precisamos da redução de ao menos 40% no preço do diesel, senão, não dá pra trabalhar”, afirmou.
Em 2021, o diesel e o gás de cozinha já acumulam alta de 38%. A gasolina subiu 51% no mesmo período. O último reajuste, de 8,9%, foi anunciado pela Petrobrás em 28 de setembro. A estatal justificou o aumento como reflexo da elevação dos patamares internacionais de preços de petróleo e da taxa de câmbio.
Em 9 de setembro, caminhoneiros de todo Brasil articularam protestos por todo o país. Os motoristas chegaram a bloquear estradas de 15 estados, incluindo Minas Gerais, por aproximadamente 24 horas, mas a ausência de lideranças e uma participação mais maciça dos sindicatos da classe fizeram com que a greve perdesse força.