Greve dos caminhoneiros continua em João Monlevade e outros pontos de Minas Gerais

O protesto da categoria é contra a nova política de preços praticada pela Petrobras, com aumento nos preços dos combustíveis quase que diariamente

Greve dos caminhoneiros continua em João Monlevade e outros pontos de Minas Gerais
Caminhoneiros estão parados na BR-381, em João Monlevade – Foto: Bell Silva/O Popular

A greve dos caminhoneiros que teve início em todo Brasil nessa segunda-feira, 21 de maio, prossegue hoje (22) em vários trechos de Minas Gerais. Na região do Médio Piracicaba, o foco dos protestos é no km 361 da BR-381, em João Monlevade, onde os veículos de cargas estão sendo impedidos de continuarem o trajeto nos dois sentidos.

Centenas de caminhões e carretas se aglomeram no acostamento da rodovia e em pátios de postos de combustíveis à margem da estrada. O movimento teve início na manhã de ontem e, segundo a Polícia Rodoviária Federal, não há previsão de encerramento.

O site O Popular, de João Monlevade, informou que no final da tarde dessa segunda-feira um lanche foi servido aos caminhoneiros parados na rodovia. Eles também receberam cerca de 40 quilos de carne de empresários e comerciantes locais que apoiam o movimento. Foi armada uma churrasqueira e a carne assada ali mesmo.

Outra forma de apoio aos caminhoneiros partiu de populares que passavam pela rodovia em ônibus ou carros de passeio. Eles aplaudiam os manifestantes e os incentivavam a continuar com o movimento.

Segundo a PRF, além de João Monlevade, as manifestações na BR-381 acontecem também em Lavras, Igarapé e Perdões. Há protestos ainda em outras rodovias espalhadas por todo o estado (confira listagem ao fim da matéria). Apenas carros de passeio, ambulâncias e ônibus então tendo passagem permitida pelos caminhoneiros.

Alta nos combustíveis

O protesto da categoria é contra a nova política de preços praticada pela Petrobras, com aumento nos preços dos combustíveis quase que diariamente. Eles reclamam da grande incidência de impostos sobre o diesel, o que inviabiliza o transporte rodoviário no Brasil.

A manifestação causou reflexos no governo federal. Nessa segunda-feira, o presidente Michel Temer (MDB) reuniu ministros para tratar do tema. Hoje, ministros e diretoria da Petrobras se encontram para debater o assunto.

Há discussões no governo sobre a possibilidade de redução da cobrança de tributos sobre os combustíveis. Existem situações em que a composição de impostos supera 40% do valor final do preço.

O ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, por exemplo, afirmou que o governo estuda uma forma de tornar os preços dos combustíveis mais “previsíveis”.

Pontos de interdição: 


Fonte: PRF