Greve dos caminhoneiros reflete em fornecimento de gás e supermercados de Itabira

Em Itabira, os impactos chegaram ao setor de hortifruti de supermercados e também a empresas distribuidoras de gás de cozinha

Greve dos caminhoneiros reflete em fornecimento de gás e supermercados de Itabira
Fotos: Tatiana Santos
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A greve dos caminhoneiros inciada no último domingo, 20 de maio, impacta vários setores da economia. Em Itabira, os reflexos chegaram também ao setor de hortifruti de supermercados e também a empresas distribuidoras de gás de cozinha.

No Hiper Nova Europa, no bairro Praia, segundo a atendente Laila Mônica, na área do sacolão, há poucos itens à disposição e há poucos em estoque, por se tratar de produtos perecíveis. A Central de Abastecimento de Minas (CeasaMinas), que distribui produtos hortifrutigranjeiros, está sem seus estoques abastecidos, acarretando em desabastecimento local. No estabelecimento, o leite também está em pouca quantidade. No caso de embalados e não perecíveis, até o momento, não houve interferência. Ainda conforme a funcionária, muitas pessoas têm se antecipado e feito suas compras. “Eu acho que se for para reabastecer, é o hortifrúti. Tem muita gente comprando, pois não sabemos até quando vai a greve”, disse.

No JL Supermercados, a informação é de que os caminhões não têm chegado ao comércio para fazer o reabastecimento, e que até o momento, os reflexos também giram em torno do sacolão. Uma funcionária declarou: “por enquanto, está tranquilo em outros setores, mas não tem verdura”.

No Cia Supermercados, a informação é de que, nessa quarta-feira a prateleira do setor de hortifruti foi abastecida, mas, com dificuldade. O representante do estabelecimento, Marcio Lage, informou que no quesito sacolão, o preço para aquisição no Ceasa estava entre três a quatro vezes mais caro que na semana anterior. No setor das carnes, os produtos devem acabar em breve, já que a maioria desses produtos vêm de fora da cidade. Já a área de mercearia, não deve sofrer com o impacto.

Gás

A Supergasbras informou que, já prevendo o colapso, fez estoques suficientes para atender até o próximo sábado, 26. Segundo um representante da empresa, que não quis se identificar, as vendas aumentaram, mas um dos problemas enfrentados é a demora na entrega, devido à alta demanda. A entrega que era feita entre 15 a 30 minutos, hoje está levando cerca de 1h30. O empresário lembra que “as pessoas não precisam apavorar” e quem tiver urgência, pode agendar e retirar o produto no local.

A Mundial Gás também trabalha com estoques que devem atender até sábado, já que o último abastecimento ocorreu na segunda-feira, 21, um dia após o início da greve. Um dos representantes da empresa, Messias Custódio, informou que de ontem para hoje, as vendas aumentaram em torno de 30%. Ele acredita que após a greve deva faltar gás, pois será necessário suprir a demanda das várias empresas que ficaram desprovidas neste período de paralisação.

Outra empresa levantada pela reportagem é o Gás Amigão, que informou já estar com estoques zerados. “Infelizmente, não tem nada, nada”, disse o atendente por telefone. O Gás da Hora, por sua vez, não tem os produtos, mas há previsão de chegada ainda nesta quinta-feira, segundo informou a empresa.