Site icon DeFato Online

Greve dos Correios chega a Itabira e causa impactos no setor

greve dos correios

Sede da João Pinheiro operava com apenas dois funcionários nesta segunda-feira. Foto: Victor Eduardo/DeFato Online

Realizada desde o dia 17 de agosto, a greve dos Correios atingiu Itabira e já deixa marcas nas atividades do setor. A mobilização, feita a nível nacional, surgiu após a indignação de vários funcionários quanto à privatização da empresa estatal e a perda de alguns direitos, como redução no tempo de licença-maternidade e extinção do pagamento adicional noturno e de horas-extras. A exposição quanto ao Coronavírus também está entre as pautas do movimento.

Sem previsão para acabar, o ato tem impactado diretamente o funcionamento de alguns serviços, como a convocação do concurso público de Itabira. Feita anteriormente pelos Correios por meio da entrega de um telegrama, ela será realizada, excepcionalmente, pelo site da prefeitura municipal. Os atrasos dos pedidos também tem sido bastante comuns.

“As últimas encomendas que eu pedi estão atrasando uns quatro, cinco dias. Está demorando até para o aplicativo comunicar se o pedido tá chegando ou não”, relata Willian Ferreira.

O estudante de Engenharia de Produção da Unifei, Paulo Vitor, comprou cinco produtos nas últimas semanas. Um deles, um relógio importado, chegou ao país no dia 16 de agosto, mas só foi entregue no dia 29. Apesar disso, o universitário apóia a greve dos funcionários da estatal:

Acho um serviço bem necessário e apoio sim a greve. Querendo ou não, são direitos que os funcionários estão perdendo, e eles estão lutando pela vida também. Tem o Covid-19 e toda a preocupação e falta de segurança envolvida, então devem fazer a greve mesmo. A gente fica bravo porque demora a entregar, mas devemos entender outros lados, não somos nós que estamos trabalhando. Não sabemos pelo que eles estão passando”, explica.

Além dos atrasos, outros tipos de consequências podem ser sentidas. É o caso do motoboy Adilson Zeferino. Ele passa diariamente na sede dos Correios, da avenida João Pinheiro, para recolher documentos a serem entregues na zona rural da cidade. Adilson, porém, viu sua rotina mudar durante este breve período.

“Eu venho uma vez por dia pegar as caixas postais e não está chegando nada desde que começou a greve. Geralmente todo dia havia documento para pegar, mas parou tudo”, detalha o motoboy. 

A gerência itabirana dos Correios foi procurada, mas preferiu não se manifestar sobre o assunto. 

Exit mobile version