Anunciada pelo Sindicato dos Empregados em Transportes Metroviários e Conexos de Minas Gerais (Sindimetro-MG) em 17 de março e iniciada quatro dias depois, a greve dos metroviários, em Belo Horizonte, completou dez dias nesta quinta-feira (31), sem nenhuma definição. O movimento determina escala mínima de funcionamento de 10h às 17h, sem operação dos metroviários em outros horários.
O Sindimetro-MG determinou a greve, por tempo indeterminado, em uma assembleia geral no dia 16 de março. O sindicato pede diálogo com o Governo Federal em relação à privatização do metrô de Belo Horizonte, além de se mostrar preocupado com o futuro dos trabalhadores da empresa que são concursados.
De acordo com a entidade, “a privatização não garantirá a estabilidade do emprego para os trabalhadores, visto que a decisão vai ficar na mão da nova empresa administradora”. O sindicato realizará uma nova assembleia geral hoje, às 18h, pra definir o andamento da greve.
Segundo um levantamento da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), estatal que gerencia as atividades do Metrô de BH, cerca de 70 mil pessoas são afetadas em dias úteis por conta do movimento. Mas mesmo diante de todos os transtornos, as negociações entre a categoria e o Governo Federal seguem sem avanços. A CBTU tentou entrar com ações para determinar a volta do funcionamento total do metrô, mas as ações foram negadas pela Justiça.