Os tanqueiros, responsáveis pelo transporte de combustíveis, mantêm a paralisação iniciada nessa quinta-feira (22). Mesmo com uma greve geral anunciada pelos caminhoneiros para 1º de novembro, alguns tanqueiros começaram piquetes na porta das distribuidoras que ficam em Betim e também da refinaria Gabriel Passos.
Além disso, não foi registrado aumento no preço dos combustíveis em nenhum dos postos visitados por nossa reportagem.
Greve em mais cinco estados
De acordo com a Polícia Militar, a paralisação já está ocorrendo em mais cinco estados, além de Minas Gerais. Um balanço divulgado pelo Sindicato das Empresas Transportadoras de Combustível e Derivados de Petróleo do Estado de Minas Gerais (Sindtanque) indica que as transportadoras paradas somam total de cerca de 800 caminhões. O movimento também foi realizado no Rio de Janeiro, Espírito Santo, São Paulo, Goiás e Bahia.
Na tentativa de evitar a greve em novembro, que pode ter consequências drásticas para a economia, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) prometeu uma espécie de “auxílio” aos 750 mil transportadores de derivados do petróleo, como compensação diante da alta do óleo diesel.
Além disso, a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) atualizou a tabela de valores mínimos de frete, com reajustes médios variando de 4,54% a 5,90%, a depender do tipo de veículo e classe de carga. Apesar de ser uma reinvindicação recorrente da categoria, os transportadores reclamam que os percentuais não são cumpridos. Eles querem que o Supremo Tribunal Federal (STF) analise a constitucionalidade do piso do frete.
A tabela foi criada em 2018 pelo governo de Michel Temer, após a greve dos caminhoneiros que bloqueou estradas e comprometeu o abastecimento de combustível, de medicamentos e de alimentos em todo o Brasil.
Sem desespero
O Minaspetro pediu, em nota, que os motoristas mineiros não se desesperem e não promovam um corrida desenfreada aos postos de combustíveis.
“O Minaspetro está monitorando a situação da greve dos tanqueiros e informa que os postos com estoques reduzidos já apresentam problemas de abastecimento. Com a paralisação, todas as regiões do estado estão sendo prejudicadas, impactando fortemente o abastecimento de Minas Gerais, tendo em vista que a base de Betim é estratégica para a distribuição de combustíveis estadual”, destacou a entidade.