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Greve mantém escolas estaduais fechadas em Itabira

Itabira: escolas da rede estadual podem retornar com as atividades presenciais

Arquivo/DeFato

Aproximadamente 70% dos trabalhadores das escolas estaduais de Itabira estão de braços cruzados. Tratam-se de professores, diretores, supervisores e cantineiras, por exemplo. A estimativa é da coordenadora local do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação (Sind-UTE), Vanderléia de Freitas. Segundo ela, os maiores colégios públicos da cidade – Escola Estadual Mestre Zeca Amâncio (Eemza), no Centro, e Trajano Procópio (Premem), no bairro Água Fresca – tiveram atividades paralisadas. A greve ocorre por tempo indeterminado.

A paralisação em todo o estado foi decidida pela categoria na quinta-feira passada, 8 de março, em Belo Horizonte. A classe reivindica ao governo mineiro o cumprimento do acordo do piso salarial e outras questões como parcelamento de salários e 13º salário, ausência de repasses para o Instituto de Previdência dos Servidores do Estado de Minas Gerais (Ipsemg) e passivos da carreira.

Já a Secretaria Estadual de Educação (SES), por meio de nota divulgada em seu site, afirma que o acordo assinado em 2015 junto à categoria não foi cumprido na totalidade “em virtude da precária situação financeira do Estado e das restrições legais”. O governo propôs ao Sind-UTE pagar, a partir do mês de abril, o saldo da correção do piso nacional de 2016, em oito parcelas e retomada das nomeações de novos servidores para a Educação até o total de 60 mil. Ainda não houve consenso.

Segundo a SES, hoje, a remuneração inicial do professor, para uma carga horária semanal de trabalho de 24 horas, é de R$ 2.135,64. A pasta cita que esse vencimento “teve um reajuste inédito de 46,75% desde 2015”. Porém, o piso nacional é de R$ 2.455. No acordo de 2015 existia ainda o compromissão de atualizações anuais no piso. 

Em Itabira, Vanderléia de Freitas pediu a compreensão da comunidade à greve dos professores e outros trabalhadores. “Pedimos a compreensão de toda a sociedade itabirana. A educação é uma luta não só dos trabalhadores em educação, mas de todos. A sociedade precisa abraçar a luta pela valorização dos professores e das escolas públicas. A educação é a base de toda uma sociedade”, defendeu.

A sindicalista citou que o Sind-UTE está visitando todas as escolas da cidade para fortalecer o movimento e aderir mais servidores.

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