Na última segunda-feira (27), a mineradora e siderúrgica Gerdau anunciou a interrupção de suas atividades na usina de Barão de Cocais. A reportagem da DeFato conversou com o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Barão de Cocais, Elizeu Santa Cruz, que trouxe algumas respostas sobre o assunto.
Quantos funcionários serão afetados?
De acordo com Elizeu, todos os funcionários que atuam na usina em Barão de Cocais serão demitidos, uma equipe de 487 pessoas. “É sempre bom frisar que as 487 não estão demitidas no momento”, ressalta o presidente, referindo-se ao processo burocrático que ainda não foi consolidado.
Além disso, o presidente do sindicato informa que a Gerdau prometeu a realocação de 15% a 20% de funcionários para outras unidades, sem uma especificação no momento.
Trabalhadores foram pegos de surpresa?
Sim. Segundo o presidente Elizeu, não havia nenhuma notificação ou negociação prévia sobre a interrupção das atividades: “A hibernação foi comunicada ao sindicato por volta de 14h30 na segunda-feira”. Além disso, classifica a decisão repentina e a falta de diálogo como “cruel”.
De que forma o sindicato tem assistido a equipe?
O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Barão de Cocais informou que está acompanhando trabalhadores da Gerdau, oferecendo orientações para que nada seja assinado neste momento.
Quais os próximos passos da luta?
A procissão de Corpus Christi de hoje (30), em Barão de Cocais, parte do santuário São João Batista em direção à Gerdau, onde planeja-se uma benção para trabalhadores.
Além disso, o Sindicato dos Metalúrgicos de Barão de Cocais planeja uma passeata para a sexta-feira (31).
Na segunda-feira (3), haverá uma reunião entre o sindicato, trabalhadores da Gerdau e seus familiares para discutirem a hibernação.