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Histórico! Com apenas 13 anos, skatista Rayssa Leal leva o prata nas Olimpíadas

Olimpíadas

A medalhista de prata Rayssa Leal nas Olimpíadas de Tóquio 2020. Foto: Wander Roberto/COB

A noite deste domingo (25) reservou um momento histórico para o esporte brasileiro. Rayssa Leal, a “Fadinha”, faturou uma medalha de prata pelo skate, na categoria street. Com apenas 13 anos, ela se tornou a atleta mais jovem do Brasil a subir no pódio em uma edição de Olímpiadas. Se sentindo à vontade desde a primeira vez em que pisou na rampa, por volta das 23h, a maranhense superou grandes nomes do esporte, inclusive a compatriota Letícia Bufoni, uma grande referência da jovem.

Também com 13 anos, a japonesa Momiji Nishiya foi quem levou a medalha de ouro. Ela teve uma pontuação final de 15,26, contra 14,64 de Rayssa. Outra asiática completou o pódio: com 14,49, Funa Nakayama faturou a medalha de bronze.

A disputa se estendeu até a madrugada e mobilizou vários brasileiros. Nas redes sociais, especialmente no twitter, o duelo entre a brasileira e suas concorrentes foi o assunto mais comentado durante algumas horas. A vibração com a tranquilidade de Rayssa para executar as manobras e uma aparente má vontade da arbitragem com a Fadinha davam o tom dos comentários dos brasileiros.

Sobre o resultado em si, a skatista destacou que a conquista é importante não só para ela, mas também para as outras duas brasileiras que entraram no circuito.

“Eu estou muito feliz, porque pude representar todas as meninas, a Pamela e a Leticia, que não se classificaram, todas as meninas do skate e do Brasil. Poder realizar meu sonho de estar aqui e ganhar uma medalha é muito gratificante. Meu sonho e sonho dos meus pais”, celebrou.

A maranhense também ressaltou que seu desempenho é uma amostra de que o skate não é um esporte reservado apenas aos homens. Para ela, a medalha de prata pode se tornar uma inspiração a outras meninas.

“É muito louco saber que no início só minha mãe e meu pai me apoiavam, saiu com a força, a cara e a coragem para poder estar aqui, poder correr meu primeiro campeonato olímpico, e de estar com a medalha na mão. E falar que o skate é, sim, para todo mundo, como qualquer outro esporte, como handebol, futebol, muita gente fala que handebol é só pra menina. Mas a gente tá podendo provar que, felizmente, não é só para meninos (o skate)”, acrescenta.

Rayssa Leal garantiu sua vaga em Tóquio durante o Mundial de Street, disputado em Roma, na Itália, em junho. Ela foi a única brasileira a subir no pódio da competição, garantindo a medalha de bronze.

Em entrevista ao Tarde Nacional – Amazônia, antes de embarcar para a capital japonesa, a esportista explicou que seu sucesso precoce fez com que o skate fosse encarado de outra forma em sua terra local, Imperatriz.

 “Aqui na cidade muita gente olhava o skate de uma forma negativa. Após o mundial e a vaga olímpica eles começaram a olhar de uma forma positiva, o que é muito bom”, disse à época.

Esta foi a segunda medalha de prata conquistada pelo Brasil no skate. Na madrugada do mesmo domingo, o paulista Kelvin Hoefler somou 36,15 pontos e ficou atrás, apenas, do japonês Yuto Horigomi, que somou 37,18.

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