Homem de 28 anos confessa assassinato à luz do dia no bairro Praia

Acusado disse que crime foi motivado por um desentendimento anterior entre ele e a vítima

Homem de 28 anos confessa assassinato à luz do dia no bairro Praia
Keiverson foi morto a tiros no bairro Praia – Foto: Arquivo pessoal
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Um homem de 28 anos, identificado pela Polícia Civil de Itabira como E.D.S, confessou ter matado a tiros Keiverson Enrike dos Anjos, o Keivinho, de 28 anos, no bairro Praia. O assassinato aconteceu no dia 2 de maio, em plena luz do dia, por volta das 12h30.

O crime aconteceu quando a vítima voltava para casa após passar um tempo conversando com amigos na rua João Camilo de Oliveira Torres. Ao passar pela rua Piracicaba, foi abordado pelo autor, que estava em um carro. E.D.S. abriu fogo contra Keivinho e depois fugiu. O rapaz atingido ainda conseguiu seguir até uma residência na rua São Domingos do Prata, onde morreu.

Já no dia do crime a Polícia Civil deu início às investigações e levantou os últimos desentendimentos de Keivinho. Na manhã dessa sexta-feira, 11 de maio, os agentes foram ao local em que E.D.S trabalha e o levaram à delegacia para prestar depoimento. O suspeito confessou o crime e ainda entregou aos civis um revólver calibre 38, municiado, que usou para atirar no desafeto.

O acusado contou aos policiais que no dia anterior ao crime estava em um local com Keivinho e outras duas pessoas fazendo uso de bebidas alcoólicas. Eles saíram juntos no mesmo carro, onde teria acontecido um desentendimento entre os dois envolvidos. E.D.S. afirma que foi lesionado na cabeça pela vítima e que Keivinho ainda teria tomado seu celular e amassado a porta de seu veículo.

Ainda em depoimento, E.D.S. disse que no dia seguinte ao fato foi atrás de Keivinho com um revólver para recuperar seu celular. Mas houve uma confusão e o acusado alega ter sido ameaçado de morte. Depois disso aconteceram os disparos e a vítima morreu. O autor confesso ainda relatou que em seguida voltou para casa, almoçou e foi trabalhar.

Por já estar fora do período de flagrante, o acusado foi liberado pela Polícia Civil logo depois de prestar depoimento. O delegado do caso poderá pedir a prisão preventiva dele se entender que o homem representa risco para sociedade, possa atrapalhar novas colheitas de provas ou haja risco de fuga. Nesse caso, a solicitação teria que ser analisada pela Justiça.

Manifestação

Na noite do último dia 10 de maio, parentes e amigos de Keivinho saíram por ruas de Itabira em protesto contra a morte do rapaz. Vestidos de branco, eles pediram mais segurança em Itabira e a prisão do autor do assassinato. Um dos líderes do movimento era o vereador Weverton Nenzinho, primo da vítima.