A Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG) prendeu, na noite desta terça-feira (23), um homem suspeito de descarregar uma arma de fogo contra seus próprios familiares. Seu primo, um bebê de apenas 11 meses, morreu e quatro outras pessoas ficaram feridas após o suspeito, Eduardo Jorge Pinto, 28 anos, alvejá-los. O caso aconteceu em Brumadinho.
Eduardo confessou ter feito os disparos logo após ser preso e, em depoimento, disse ser usuário de drogas. Segundo ele, a motivação para o ato foi uma retaliação contra uma tentativa de intervenção promovida pela família, para que ele fosse internado para tratar do vício. A família propôs uma internação compulsória e, por isso, ele os teria alvejado.
Segundo informações, após a tentativa de internação, Eduardo foi pilotando uma motocicleta vermelha até a casa da família, localizada no bairro Tejuco, no começo da noite de terça (23). Ali, ele parou em frente à residência e ameaçou seus primos com a expressão: ‘Hoje vocês vão ver quem eu sou!’.
Após a ameaça, ele deixou o local e, momentos depois, voltou armado, disparando contra os primos que estavam no local, com idade entre 11 meses e 25 anos. A primeira vítima foi um adolescente de 15 anos, que estava na porta de casa. O atirador adentrou a residência e seguiu desferindo tiros contra outros primos adolescentes, de 14 anos, até que acertou o bebê Enzo Gabriel Ambrósio, que morreu na hora.
Em seguida, Eduardo tentou fugir do local na motocicleta. Outro primo, de 21 anos, estava chegando de carro ao local e tentou atropelá-lo, jogando o veículo contra ele, mas também terminou baleado, perdeu o controle do carro e bateu em um ponto de ônibus.
A partir dali, Eduardo tentou escapar a pé, mas foi localizado e preso em um cerco organizado pela Polícia Militar. Os militares encontraram uma arma com ele, a qual foi apreendida. Agora, a Polícia Civil Investiga o caso. Os outros jovens baleados receberam atendimento e não correm risco de morrer.
Histórico
Alguns dias antes de executar o primo bebê e alvejar outros familiares, Eduardo teria ido ao mesmo local e feito disparos para o alto.
O homem possui uma extensa ficha criminal, com outras passagens pela polícia. Em sete anos (de 2015 a 2022), Eduardo acumulou 21 boletins de ocorrência em seu desfavor, aparecendo como vítima e autor de ocorrências de ameaça, furto, lesão corporal, resistência, tentativa de homicídio e violência doméstica.