A administração do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) afirmou que a equipe médica que atuou no parto de um bebê que teve a cabeça decapitada, em meio ao procedimento, realizou todos os esforços para “garantir a vida da gestante”. O parto aconteceu na madrugada da última segunda-feira (1º), no Hospital das Clínicas, no bairro Santa Efigênia, região Centro-Sul de Belo Horizonte, e o recém-nascido teria tido a cabeça arrancada do corpo ainda dentro da barriga da mãe.
Segundo apuração do jornal Estado de Minas, a advogada da família contou que o parto induzido do bebê começou durante a noite de domingo, 30 de abril. Depois de um tempo, a cabeça do recém-nascido teria “apontado”, e a médica responsável pelo procedimento chamou o pai e avó do bebê para que vissem a criança.
Ao constatar que o parto “natural” seria difícil, a médica ainda teria feito dois cortes na mulher, sem anestesia, para facilitar a saída da criança. Mesmo assim, a obstetra ainda teria subido em cima da mãe e pedido para que ela fizesse força.
“Nessa de puxar a cabecinha da criança com as mãos para tentar tirar o corpinho, fazer a criança nascer efetivamente, aconteceu essa tragédia de separar a cabeça do corpo da criança”, contou a advogada ao Estado de Minas.
Nota do hospital
Por meio de nota, o Hospital das Clínicas informou que um processo administrativo interno foi aberto para “apurar os fatos”. Além disso, a administração afirmou que a equipe que atou no parto “realizou todos os esforços para garantir a vida da gestante”.
A reportagem do Estado de Minas também questionou o hospital se o bebê estava vivo no momento do parto, por que a polícia não foi acionada após a constatação da decapitação do bebê e se a unidade já identificou como a cabeça da criança foi arrancada, mas a administração não respondeu a nenhuma das perguntas.
Polícia investiga caso
A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) afirmou que um inquérito foi instaurado para apurar as causas e circunstâncias do caso. Além disso, a PC disse estar investigando se houve erro ou negligência médica. Ainda de acordo com o órgão, o corpo da recém-nascida foi submetido a necropsia no próprio hospital. Veja a nota na íntegra:
“Em relação ao ocorrido na segunda-feira (1/5) em uma unidade hospitalar, no bairro Santa Efigênia, na capital, a PCMG informa que a recém-nascida morreu durante o parto e esclarece que o corpo foi submetido a necropsia no próprio hospital. Um inquérito foi instaurado para apurar as causas e circunstâncias do ocorrido e diligências estão sendo realizadas com o intuito de elucidar o caso e para apurar se houve erro ou negligência médica. Tão logo seja possível, outras informações serão divulgadas”.
*Com informações do Estado de Minas