Mais de dois anos após a aprovação do projeto que previa a autorização para emissão de carteiras de identidades na Câmara de Vereadores de Itabira, o Centro de Atendimento ao Cidadão (CAC) vai enfim sair do papel. O presidente da Câmara, Heraldo Noronha Rodrigues (PTB), prevê para março o início do funcionamento do CAC. A princípio, serão emitidas 20 carteiras de identidades por dia. O agendamento será por telefone e deve começar ainda este mês. A data exata, no entanto, não foi definida. O documento será emitido em cinco dias, aproximadamente.
“Começamos com a emissão de identidades, mas vamos o que mais poderemos oferecer para a população. No ano passado tivemos que cortar vários cargos para conseguir gerir a Câmara e fechar 2019 sem déficit. Neste ano acontece um ajustamento do orçamento (quase R$ 2 milhões a mais que no ano passado). Mas não sei falar quanto vai ser gasto no CAC”, comentou o petebista.
Durante a primeira reunião da Câmara em 2020, o presidente do Legislativo foi cobrado por outros vereadores a respeito do assunto. De acordo com Heraldo Noronha, a Câmara já está completamente preparada para iniciar o serviço. O espaço já foi disponibilizado, servidores treinados e equipamentos adquiridos.
Falta mesmo o ok da chefia da Polícia Civil, que ele espera conquistar após uma reunião com o delegado Wagner Pinto de Souza. O encontro será em Belo Horizonte e está agendado para esta semana. A expectativa é que, com o passar do tempo, o CAC amplie o número de documentos emitidos.
Problema antigo
A emissão de carteiras de identidade em Itabira é um aborrecimento antigo a quem precisa do serviço. O setor de identificação da Polícia Civil está instalado na avenida Carlos Drummond de Andrade e distribuí 20 senhas diárias. O serviço funciona apenas no período da tarde, seis horas por dia. O número de atendimentos é insuficiente à demanda e pessoas esperam horas na fila para conseguir a carteira de identidade.
Com o CAC, a proposta é reduzir as filas no setor de identificação da PC, que continuará funcionando, e evitar transtornos aos cidadãos.
“Eu ainda acho que 20 senhas é pouco. Mas, na verdade, a gente está dando um reforço para a Delegacia de Polícia Civil. Essas senhas, quem libera é o Estado, é a Polícia Civil. É claro que queríamos senhas à vontade, mas isso é determinado pelo Estado”, comentou o presidente da Câmara.