O Governo de Minas Gerais comunicou, na noite de terça-feira (27), o desligamento, em comum acordo, de Igor Eto, então secretário de Estado de Governo. A mudança no primeiro escalão do Executivo estadual estaria ligada a insatisfação do Novo, partido de Romeu Zema, e de deputados aliados com a condução das relações políticas com a Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), principal função da pasta administrada por Eto.
Outro ponto que pode ter influenciado no desligamento de Igor Eto do Governo do Estado seria a dificuldade em fazer avançar na ALMG os projetos de privatização das estatais mineiras — outra função primordial atribuída por Romeu Zema à Secretaria de Governo. Como exemplos dessa situação estão o processo para privatizar a Codemig, que está travado no Legislativo estadual desde o final de 2022, e a Copasa, cuja proposta está concluída desde maio, mas ainda não foi encaminhada para apreciação dos deputados de Minas Gerais.
Nos bastidores já se comentam possíveis substitutos para Igor Eto na Secretaria de Governo. De acordo com o jornal O Tempo, nomes ligados ao PP ou ao Novo podem ser indicados para o cargo. Já a rádio Itatiaia ressalta que Marcelo Aro, atual secretário da Casa Civil e filiado ao Partido Progressista, e Luca González, correligionário de Zema e que atualmente trabalha com o vice-governador Mateus Simões (Novo), podem assumir a pasta.
Enquanto não se tem uma resolução sobre o substituto de Eto, Juliano Fisicaro Borges, atual secretário adjunto de Governo, assume interinamente a Secretaria de Governo.
Histórico
Formado em administração de empresas e com atuação no setor privado como analista comercial e coordenador político, Igor Eto assumiu a Secretaria de Governo de Minas Gerais em 2020, após exercer, por 1 ano e 3 meses, o cargo de secretário-geral.