Na manhã dessa segunda-feira (7), um comboio formado por carros da Polícia Militar (PMMG) e da Polícia Civil (PCMG) escoltou os carros que transportaram os corpos das vítimas do acidente com um ônibus, que aconteceu na última sexta-feira (4), em João Monlevade. Com o apoio e a logística da Defesa Civil e do Corpo de Bombeiros de Minas Gerais, eles percorreram as ruas de Belo Horizonte a caminho do aeroporto da Pampulha.
Lá, aviões da Força Aérea Brasileira (FAB) foram preparados para o translado das urnas funerárias para os estados de São Paulo e Bahia. Segundo o Coronel da Polícia Militar, chefe do gabinete do governador e coordenador estadual da Defesa Civil de Minas Gerais, Osvaldo de Souza Marques, essa foi uma ação conjunta, encabeçada pelo governador Romeu Zema.
“O governador de Minas Gerais atuou em duas searas: o atendimento às vítimas e o acolhimento aos familiares. Ele manteve contato com governo de Alagoas e o governo Federal, para realizar o transporte das vítimas e de seus familiares da melhor maneira possível. Agora, o governo de Minas continuará atuando na atenção às vítimas que ainda estão internadas em hospitais de Belo Horizonte e João Monlevade”, destacou.
Trabalho da Perícia
Os esforços em conjunto resultaram na rápida resposta de atendimento à vítimas desse acidente. Ainda na sexta-feira, as Polícias Militar e Civil, o Corpo de Bombeiro, a Defesa Civil e os grupos resgate voluntários trabalharam de forma unificada para atender às vítimas e aos sobreviventes. De acordo a chefe da Divisão de Medicina Legal do Interior da Polícia Civil de Minas Gerais, Tatiana Telles e Koeler de Matos, isso fez toda a diferença na rapidez do trabalho.
“Nós optamos por trasladar os corpos do para o Instituto Médico Legal (IML) de Belo Horizonte com o objetivo de ter um melhor acolhimento dos familiares, bem como uma rápida identificação dos corpos. Para isso, a Polícia Civil disponibilizou assistentes sociais e psicólogos para atendê-los. Assim, em menos de 48 horas, todos os 19 corpos já estavam identificados. Além disso, o poder judiciário instalou um cartório dentro das dependências do IML para que os familiares pudessem resolver as questões de certidão de óbito, evitando o deslocamento até João Monlevade”, detalhou.
Tatiana Telles contou ainda que foi necessário o contato direto com as polícias civis de Santa Catarina, São Paulo, Alagoas e Bahia para que as vítimas fossem rapidamente identificadas. Todas por meio de consulta das impressões digitais.
A médica perita contou ainda que já foram ouvidas 15 pessoas, entre testemunhas e vítimas, e as investigações estão em curso. “A perícia inicial no local, sem a desmontagem do veículo já está concluída; os equipamentos usados para registrar a velocidade (cartógrafo) do ônibus já está sendo submetido a exames; e as perícias complementares no ônibus estão em curso”.
Últimas atualizações
No começo da tarde dessa segunda-feira, a Polícia Civil atualizou os números do acidente. Segundo boletim informativo, foi constatado que havia 48 passageiros no ônibus no momento do acidente, inclusive crianças carregadas no colo. Desses, 19 morreram. Até o momento, sete pessoas continuam internadas no Hospital Margarida, em João Monlevade.
Em Belo Horizonte, uma pessoa segue internada no Hospital João XXIII e uma no Hospital João Paulo II. Por enquanto, 15 passageiros já receberam alta e quatro não precisaram de tratamento.
Representantes da empresa responsável pelo veículo e o motorista, que até então não havia sido encontrado, estão em João Monlevade prestando esclarecimentos à Polícia Civil.