O exame de ultrassonografia é um dos exames mais importantes durante a gestação e, com certeza, o mais esperado pelos pais. Por meio dele, se tem a primeira imagem visual do embrião que se tornará feto e, posteriormente, um bebê. Nesse exame é possível acompanhar a evolução deste bebê, sua formação física e todo o desenvolvimento anatômico, motor e circulatório. Ele é indicado durante todos os períodos desta etapa na vida da futura mamãe e, principalmente, na evolução do feto.
A ultrassonografia está indicada a partir da quinta semana de gestação. Tem a finalidade de datar a idade gestacional do feto e realizar uma adequação com a Data da Última Menstruação, conhecida como DUM. Muitas dessas gestações apresentam uma irregularidade menstrual e este exame permite ter certeza da possível data do parto.
O pré-natal consiste em três fases: primeiro, segundo e terceiro trimestre.
No primeiro trimestre, a ultrassonografia é usada para identificar malformações, trissomias e outras alterações que podem comprometer a vida deste feto. O exame ultrassonográfico mais importante nesta fase, que vai da 12ª à 14ª semana, é o ultrassom de translucência nucal, mais conhecido como T.N. No ultrassom morfológico de primeiro
trimestre, o principal objetivo é mensurar o líquido que fica na região cervical (nuca) do feto e que só é visível nessa etapa da gestação. Também é feito o doppler das artérias uterinas maternas e a medida do osso nasal do feto, que são os maiores marcadores das trissomias. Essas três medidas são essenciais para avaliar parâmetros que possam rastrear o risco da ocorrência de alterações cromossômicas, como as da síndrome de Down.
Já no ultrassom morfológico do segundo trimestre, realizado entre a 20ª e a 24ª semana, o processo é mais detalhado. Justamente por isso, ele acontece quando todos os órgãos do bebê já estão praticamente formados. No exame é possível ver com detalhes seu posicionamento, funcionamento, tamanho e demais características esperadas.
No terceiro trimestre, o exame tem a finalidade de identificar possíveis alterações anatômicas que tenham ocorrido no período final da gestação, saber se esse feto recebe fluxo sanguíneo adequado para permanecer intra-útero até o momento do parto, além de sua posição fetal, tamanho, peso e volume do líquido amniótico, o que ajudará muito o obstetra na definição do tipo de parto a ser realizado.
Dr. Odirley Dackson Teza é ginecologista e obstetra. CRM/MG 50.273 / RQE 29378
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