Indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para assumir o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o economista Marcio Pochmann teceu sérias críticas ao Banco Central e ao Congresso Nacional. A fala ocorreu durante a transmissão do Grupo Prerrogativas, no sábado (29).
Pochmann acredita que o Senado deveria analisar a extinção da autonomia da autoridade monetária, segundo o qual, “o Congresso deveria fazer um bom debate sobre o que está acontecendo com o Banco Central. Até porque é uma direção que não consegue entregar as metas pelas quais a inflação deveria estar operando. Tem problema sério na contabilidade do banco. O Banco Central é uma caixa-preta. Não tem transparência”.
Pochmann acrescenta: “A taxa de juros hoje praticada é contra o país. A forma como o Banco Central vem atuando no Brasil me parece constrangedora, porque não há razão para justificar uma taxa de juros elevada. É um absurdo uma taxa de juros nesse patamar”.
Quanto ao Congresso Nacional, o economista disse que a atual composição não representa a classe mais pobre do País. Marcio Pochmann dirigiu a Secretaria Municipal do Desenvolvimento no mandato da então prefeita Marta Suplicy (PT), entre 2001 e 2004. Ocupou também a presidência do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), de 2007 a 2012, nos governos Lula e Dilma Rousseff.
O economista foi presidente da Fundação Perseu Abramo, ligada ao Partido dos Trabalhadores, de 2012 a 2020, além de coordenador do programa econômico da campanha do PT à Presidência em 2018.