A conta de Instagram da Escola Estadual Major Lage, localizada do bairro Pará, em Itabira, foi hackeada no último sábado (19). Golpistas estão fazendo falsas vendas e rifas em nome da instituição. Eles solicitam pagamentos por meio de transferências aos seguidores que se mostram interessados e, além disso, entram em contato com os alunos, ou seus familiares, por meio do bate-papo do aplicativo e também do Whatsapp.
A consolidação da invasão aconteceu após algumas tentativas dos golpistas, por meio de uma violação no perfil pessoal da diretora da escola, Tatiana Amaro Silva, 43 anos, que estava vinculado à conta do instituto. Segundo ela, o seu perfil era privado e tinha poucos seguidores, mas estava vinculado ao perfil do Major Lage por ser ela a responsável pela administração da conta.
Assim, o perfil de Tatiana foi hackeado e, por meio dele, conseguiram acessar a conta relativa à escola. Os invasores ativaram a verificação em duas etapas em ambos os perfis, utilizando um número de telefone com DDD (código de área) que não pertence ao domínio do território de Minas Gerais. Isso impediu a recuperação da conta após a invasão, já que a gestora não tinha acesso a esse número.
Como acontece o golpe
Os golpistas começaram oferecendo produtos para a venda pelos stories do Instagram pessoal da diretora. No entanto, ela tinha poucos seguidores e baixa visibilidade em seu perfil, o que fez com que os infratores passassem a atuar com o Instagram da instituição de ensino.
Ali, eles anunciaram diversos produtos para a venda, como eletrodomésticos e eletroeletrônicos. Após a falsa negociação, os enganadores pediram para que as vítimas fizessem o pagamento do valor do produto por meio de transferência para garantir a compra do mesmo.
Para garantir que o perfil hackeado não fosse descoberto, a conta de Instagram da escola, que era pública, foi colocada como privada. Dessa maneira, novos seguidores não podem acessá-la. Contudo, os seguidores antigos permaneceram ali e alguns deles acabaram sendo enganados.
Por meio de prints de conversas enviadas pela diretora da escola, é possível perceber que os responsáveis por essas supostas vendas estariam solicitando que as vítimas buscassem esses materiais diretamente na escola.
Além disso, segundo informações, os atuais administradores da conta estão fazendo vendas de números de rifas para falsos sorteios em nome da instituição. É interessante salientar que essa é uma prática proibida quando se trata de órgãos governamentais. A escola Major Lage é estadual e abriga alunos do primeiro ao nono ano do ensino fundamental, portanto não tem autorização para vender bens públicos sem o aval e os protocolos aplicados pelo governo do estado.
A diretora ressaltou, ainda, que fazia pouco uso de sua conta pessoal, utilizando-a majoritariamente para administrar o perfil da escola. E pontuou que tentou fazer o boletim on-line com as denúncias desse crime cibernético e fraude, contudo não foi possível realizar a ação pela internet e ela prestará queixas diretamente na delegacia da Polícia Civil de Itabira.