O Instituto Luisa Mell, que até sexta-feira (28), levava o nome da apresentadora e ativista dos direitos animais, agora se chama Instituto Caramelo. O anúncio, feito em uma rede social, informa que “essa mudança vem para ‘despersonificar’ o trabalho e separar posturas e interesses individuais do propósito do grupo”. A entidade se dedica ao resgate de animais em situação de vulnerabilidade e maus-tratos, campanhas de castração e atendimentos populares.
Ao responder ao comentário de uma seguidora que se disse “chocada” com a alteração, o instituto afirma que Luisa “nunca colocou dinheiro algum no instituto”.
De acordo com o, agora, Instituto Caramelo, “ao contrário do que muitos pensam, a Luisa nunca colocou dinheiro algum no Instituto Nenhuma doação sequer. Foi dinheiro das outras pessoas do grupo e de doações que fizeram as coisas funcionarem ao longo desses anos. Vocês podem comprovar isso facilmente solicitando a ela que mostre qualquer depósito dela para o instituto”.
Se isso não bastasse para deixar claro que a separação não ocorre de forma consensual, a resposta da apresentadora não deixa restar dúvidas. No domingo (30), ela usou o Instagram para rebater o anúncio e as afirmações da organização.
De acordo com a ativista, ela doou sua saúde, tempo e imagem, além de dinheiro. Luisa também afirma que parcerias foram feitas em seu nome sem sua autorização.
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“Doei, minha saúde, meu tempo, minha imagem, meu trabalho, meus contatos… Meu ex-marido sempre fez doações. Eu NUNCA tive salário no instituto. Mas a partir do momento que descobri parcerias feitas em meu nome, sem minha autorização, com condições absurdas… resolvi não delegar mais tanto. Aí virei inimiga”, afirma ela na postagem.
Luisa diz também ter sido vítima de um golpe. “Diante da vergonhosa tentativa de usarem deste momento delicado para tentar arranjar um motivo para o golpe que me deram”, diz.
O instituto, por sua vez, afirma que a entidade foi fundada em 2015 por um grupo de pessoas que já ajudava animais há muito tempo. “Esse grupo convidou Luisa Mell para participar, com a premissa de que fosse um serviço totalmente voluntário de todos. A opção de o Instituto levar o nome ‘Luisa Mell’ foi para ajudar o maior número de animais possível, partindo de uma marca conhecida com um trabalho real por trás”, afirma.
A entidade diz que atualmente abriga mais de 200 animais entre cães, gatos e cavalos, além de empregar membros de 35 famílias.