Neste domingo (01), cerca de 700 mil manifestantes foram às ruas em Tel Aviv e outras cidades de Israel após o exército anunciar o resgate de corpos de reféns mortos pelo Hamas, em Gaza.
Houve confrontos com a polícia e algumas pessoas chegaram a ser detidas.
A estimativa de manifestantes foi feita pelo Fórum de Reféns e Famílias Desaparecidas à rede CNN, que acredita ter sido este o maior protesto desde o início da guerra entre Israel e o Hamas.
O objetivo da manifestação, segundo a associação, é de pedir às autoridades um acordo para a libertação dos reféns ainda em poder do grupo terrorista. O evento foi marcado por muitas bandeiras do país e cartazes estampando imagens dos reféns mantidos em Gaza; outros pediam o cessar-fogo. Muitos israelenses culpam o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu pelo fracasso nas negociações para resgatar seus entes de volta às suas casas.
Os manifestantes entraram em confronto com a polícia que reagiu com jatos de água. Muitos queimaram objetos e fecharam vias. O maior sindicato de Israel convocou uma greve geral para esta segunda-feira (2), pressionando o governo a trazer de volta os prisioneiros.
O Aeroporto Ben Gurion, principal centro de transporte aéreo do país ficará fechado a partir das 8 horas (horário local), bem como os serviços municipais em Tel Aviv, centro econômico de Israel.
O exército israelense recuperou seis corpos de reféns em um túnel subterrâneo de Rafah. Os reféns teriam sido executados pouco antes da chegada dos militares. Entre os mortos, estava o jovem americano-israelense que se tornou um dos reféns mais famosos do grupo Hamas.
Ao menos 101 reféns continuam mantidos em Gaza, mas o governo israelense acredita que um terço deles já tenha sido assassinado.
Netanyahu se opõe a qualquer negociação com o Hamas para a libertação dos reféns e os mortos cujos corpos foram recuperados foram identificados como: Carmel Gat, Eden Yerushalmi, o americano-israelense Hersh Goldberg-Polin, Alexander Lobanov.
Informações da Reuters, AFP e DW.
* Fonte: Portal Correio