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Itabira poderá receber acervo de Drummond pertencente ao Instituto Moreira Salles

Itabira poderá receber acervo de Drummond pertencente ao Instituto Moreira Salles

Afonso Borges, idealizador do Flitabira; prefeito Marco Antônio Lage; Pedro Drummond, neto do poeta; Hugo Barreto, presidente do Instituto Cultural Vale; e Tom Farias, curador do Flitabira - Foto: Gustavo Linhares/DeFato

O Instituto Moreira Salles — que possui sedes em São Paulo, Rio de Janeiro e Poços de Caldas — é proprietário de uma das maiores coleções de materiais do poeta Carlos Drummond de Andrade. Na noite de quinta-feira (3), durante a abertura oficial do 2º Festival Literário Internacional de Itabira (Flitabira), o prefeito Marco Antônio Lage (PSB) anunciou que esse acervo deverá vir para Itabira.

Segundo Marco Antônio Lage, o Instituto Moreira Salles segue como proprietário dos objetos, cartas e escritos de Drummond, mas os materiais serão cedidos ao município em regime de comodato — tornando a Prefeitura Municipal de Itabira sua guardiã por tempo indeterminado. Com isso, a cidade terá um espaço próprio para exibir o maior acervo particular relacionado a um dos maiores escritores da língua portuguesa.

“Nós já estamos recebendo em Itabira o acervo do Instituto Moreira Salles, que é proprietário do maior acervo de Drummond. Eles ofereceram para depositar esse acervo no município. Precisamos só preparar o ambiente necessário para receber esse material que, hoje, está em São Paulo”, afirma Marco Antônio Lage.

Ainda conforme o prefeito, é necessário definir qual será o local — ou locais — que receberá esse material. Algumas das opções  são o Memorial Carlos Drummond de Andrade e o Museu Casa de Drummond. Porém, independentemente do espaço escolhido, será necessário adaptações para garantir a preservação de documentos, já alguns precisam ser guardados em ambientes climatizados e controlados, assim como a sua segurança.

O desenvolvimento da cultura como elemento para atração de turistas é um dos caminhos adotados pela gestão Marco Antônio Lage. Um processo, que no entendimento dele, passa por trabalhar todo o potencial que a obra e a história de Drummond possuem — e que podem ser vivenciadas na cidade.

“A cidade ficou escondida por muitos anos. Embora seja reconhecida como a cidade natal de Carlos Drummond de Andrade, Itabira não soube aproveitar essa preciosidade que é Drummond como filho da terra. Esse grande escritor, celebrado e reconhecido no mundo inteiro. Então Itabira precisa explorar, no bom sentido, cada vez mais [a obra Drummondiana].Para isso trazemos de volta a família [de Drummond], o neto Pedro Drummond, que é curador [do Flitabira], acreditando mais na cidade, oferecendo novas ideias para utilizar mais o acervo”, conclui Marco Antônio Lage.

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