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“Itabira quer ser a Campinas de Minas”, diz Marco Antônio Lage em Brasília

Marco Antônio Lage

Foto: Galvani Silva

Foi iniciada, nesta segunda-feira (25), em Brasília, a “Marcha dos Prefeitos”. Com fim previsto para a próxima sexta-feira (29), o evento recebe diversas autoridades políticas, entre prefeitos, vereadores e vice-prefeitos, para debater movimentos municipalistas e políticas a serem aplicadas no executivo e legislativo. Um dos presentes é o chefe do executivo itabirano, Marco Antônio Lage (PSB).

Em entrevista à DeFato, Marco Antônio falou sobre um dos temas mais relevantes da região: a diversificação econômica de Itabira em um cenário pós-mineração. Motivo de preocupação para vários itabiranos, o assunto ganhou um novo capítulo no dia 14 de abril, quando André Viana, membro do Conselho de Administração da Vale, anunciou a extensão do prazo para o fim da extração mineral na região para 2041.

Ainda que a atualização da Vale tenha gerado alívio em muitas pessoas, Marco Antônio Lage diz que nada mudará no planejamento do município. Para ele, Itabira segue atrasada em relação ao tema.

“Aparentemente, é uma boa notícia, dez anos além do que estava previsto – 2031 para 2041 – é um respiro para nossa cidade. No entanto, não muda nada. Nosso município precisa trabalhar e fazer com que o legado da mineração seja trabalhado nos próximos anos… já a partir de agora, isso é fundamental. Na década de 90, a Vale anunciou que o minério acabaria em 2025. Quando chegar 2025, estaremos na estaca zero. Nem Vale, nem município terão feito o dever de casa, que é preparar a cidade para a diversidade econômica. Portanto, nada muda da necessidade de Itabira trabalhar a sua diversificação a partir de já. E ainda estamos atrasados!”, exclamou.

O pessebista também comentou sobre um suposto aporte da Vale, avaliado aproximadamente em R$ 400 milhões, para os cofres itabiranos nos próximos anos, notícia não confirmada pela mineradora. Marco Antônio defende que o “pacote financeiro” deverá ser muito maior, ultrapassando a casa do bilhão.

“Na verdade, temos um trabalho com a Vale nesse momento, um planejamento estratégico a longo prazo, para 2050 ou 2030, e com um cumprimento de metas do meu mandato até 2024. Naturalmente, a infraestrutura de Itabira exige muito mais do que R$ 400 milhões. Fizemos um estudo, onde pelo menos R$ 5 bilhões deverão ser investidos na infraestrutura para que Itabira realmente possa trilhar um caminho da diversificação econômica”, argumenta.

Campinas mineira

Questionado sobre qual a principal estratégia da Prefeitura rumo à tão sonhada diversificação econômica, o prefeito de Itabira citou a duplicação da rodovia MG-129. Caso a obra seja realizada, a cidade poderia se tornar a “Campinas de Minas”, nas próprias palavras de Marco Antônio Lage.

“Itabira não quer encolher, Itabira quer ser a Campinas de Minas. Por isso vamos trabalhar muito junto com a Vale, com o próprio Governo do Estado, na duplicação da rodovia MG-129 que liga a cidade até a BR-381, e ali muda tudo. Campinas só virou Campinas por causa da rodovia dos bandeirantes. Itabira vai virar uma cidade cada vez mais próspera, independente da mineração, se ela tiver a duplicação até a BR-381, fazendo ela se tornar próxima de Belo Horizonte, praticamente dentro da região metropolitana. Essa é a grande estratégia para Itabira mudar, respirar aliviada depois de oito décadas de mineração. Para que a mineração deixe, no mínimo, esse legado de sustentabilidade ao nosso município”, afirmou.

Assista à entrevista completa no vídeo abaixo.

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