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Itabira: rede de proteção é ampliada na Delegacia da Mulher

Itabira: rede de proteção à mulher é ampliada na Delegacia da Mulher

Centro de Referência de Atendimento à Mulher em Situação de Violência - Foto: Divulgação/Prefeitura de Itabira

As mulheres vítimas de violência doméstica em Itabira poderão contar com mais um equipamento de enfrentamento à agressão. O Centro de Referência de Atendimento à Mulher em Situação de Violência (Cream) passa a ser presente fisicamente na Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam), da Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG), para a primeira acolhida da vítima.

Os atendimentos serão realizados inicialmente, no período de 12h30 às 17h30 em uma sala privativa e particular. A escuta inicial da mulher será conduzida pela equipe técnica do Cream, juntamente com estagiários treinados do curso de Direito,  que farão os registros e encaminhamentos necessários no que tange aos serviços da delegacia. Ainda, a mulher atendida seguirá acompanhada pelo Cream.

A iniciativa contribui para formar um vínculo de confiança com a vítima, agiliza o encaminhamento e já a inclui nos atendimentos oferecidos pela rede de proteção e serviços de amparo, como na Saúde e Assistência Social. De acordo com a Secretária de Assistência Social, Nélia Cunha, o fato de a vítima ter, em um mesmo local, esse atendimento humanizado evita que a mulher necessite procurar acolhimento fragmentado durante a busca pelo rompimento do ciclo de violência, além da garantia de direitos.

Helton Cota, delegado regional de Polícia Civil; Bernardo Rosa, secretário de Governo; Tauany Abou Rejaili, delegada da Mulher; e Nélia Cunha, secretária de Assistência Social na inauguração do Cream – Foto: Divulgação/Prefeitura de Itabira

Para a Polícia Civil de Itabira, representada pelo delegado regional Helton Cota e pela delegada Tauany Abou Rejaili, o conceito de revitimização, também chamada de vitimização secundária, vem da criminologia e diz respeito a procedimentos que obriguem vítimas ou testemunhas a terem que reviver repetidas vezes a violência sofrida ou presenciada, gerando assim novas violências e novos traumas. Para que isso não aconteça, os relatos como depoimentos e as acareações devem ser reduzidos ao máximo, como acontece agora com a chegada do Cream.

De setembro de 2019 até agosto deste ano, foram feitos 1.434 registros de mulheres em situação de violência no Cream de Itabira, 1.442 acompanhamentos familiares particularizados, 1.763 atendimentos socioassistenciais individualizados. Cerca de 440 benefícios sociais oferecidos pelo município foram concedidos 442 e mais sete grupos reflexivos.

* Com informações da Prefeitura de Itabira.

 

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