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Itabira registra neste ano seis homicídios a mais que em 2018

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Foto: Arquivo DeFato/Thales Benício

Um balanço feito pela 3ª Delegacia Regional de Polícia Civil, sediada em Itabira, demonstra que em 2019 já foram registrados seis homicídios a mais que no ano passado. Os bairros com maiores incidências são: Pedreira do Instituto, Monsenhor José Lopes, Nova Vista, Jardim das Oliveiras e Madre Maria de Jesus. O levantamento foi apresentado na tarde desta quarta-feira (18) pelo delegado regional Helton Lopes Cota.

Em 2017 foram 37 tentativas e 26 homicídios consumados. No ano passado foram 15 assassinatos e 23 tentativas.  Neste ano, foram registrados 21 homicídios consumados e 26 tentativas. Foram três assassinatos em fevereiro, três em junho, dois em julho, dois em agosto, três em setembro, um em outubro, quatro em novembro e três em dezembro. Os últimos dois homicídios aconteceram no dia 7 de dezembro. Na data, Itabira registrou dois homicídios em menos de 24h. 

Moizés Messias Santos foi assassinado dentro de uma agência de veículos, na avenida das Rosas, no bairro São Pedro, no início da tarde do dia 7. Em seu corpo foram encontradas 33 perfurações, sendo 13 na cabeça, 12 no braço esquerdo, seis no braço direito, um na coxa direita e um no joelho direito. A noite, Luis Carlos de Souza, de 53 anos, foi morto com um tiro na cabeça. O crime aconteceu na rua Galileia, no bairro Bethânia, próximo a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae). 

De acordo com os dados da Polícia Civil, 2017 registrou média mensal de 5,16 ocorrências de homicídios tentados e consumados. Já em 2018, a média foi de 3,16 ao mês. Neste ano, a média é de 3,91 ao mês. 

“De acordo com o estudo, em agosto já foi percebido que este ano tinha tendência de superar o ano passado. Geralmente, esse tipo de crime aumenta no final do ano. É uma tendência geral que crimes contra a vida, e outros tipos, tendem a aumentar nos meses de outubro, novembro, dezembro e, em janeiro, voltam a cair. Não tem um motivo específico, pode ser período de férias, pode ser até o calor, que é quando as pessoas preferem ficar fora de casa”, ponderou o delegado.  

Helton Cota é o delegado regional à frente da 3ª Delegacia de Polícia Civil, em Itabira – Foto: Thamires Lopes/DeFato

Helton Cota lembrou que o homicídio é o crime mais grave de acordo com o Código Penal. Após o acontecimento do crime, a Polícia Civil instaura um inquérito para apurar o homicídio, buscando identificar, prender o autor e levá-lo à Justiça. 

“Vinte e um homicídios não é um número atípico. O ideal é que não tenha homicídios na cidade. Mas é impossível. Todo local tem homicídio. Os homicídios de forma passional são impossíveis de evitar. As forças de segurança trabalham sempre para evitar os homicídios. A Polícia Militar realiza o patrulhamento de forma preventiva. E a Polícia Civil agindo de forma repressiva. A gente investiga o crime e prende o autor para mostrar à sociedade e os futuros e eventuais autores, e para ele mesmo, que não existe impunidade. Esse é o nosso trabalho. A Polícia Civil atua em todos os inquéritos de homicídio, mas de um tempo para cá determinei que a gente fizesse uma força tarefa para atuar em todos os inquéritos de uma forma mais contundente. Muito em breve vamos dar uma resposta para a sociedade em relação a todos esses homicídios”, declarou o delegado regional. 

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