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Itabira se despede de Robson “Bim”, dono de famoso bar na Vila Amélia

despedida de Bim

A manhã desse sábado, 17 de outubro, foi de tristeza e saudades. Dezenas de itabiranos se reuniram para dar o último adeus a Robson dos Reis, o “Bim”, que faleceu repentinamente, aos 50 anos.

Bim foi internado, em Itabira, na quarta-feira (14). Na tarde de sexta-feira (16), ele teve uma parada cardiorrespiratória e não resistiu. O famoso dono de bar, deixa duas filhas. E incontáveis amigos e clientes.

Luiz Rogério de Almeida Reis, sobrinho e afilhado de Bim, conta que a perda pegou todo mundo de surpresa. “Nós tivemos duas perdas esse ano, que foram os pais dele. Mas ver tantas pessoas que tinham carinho por ele é um conforto e um alento para o coração de cada um de nós”.

Para ele, “é importante saber que meu tio deixou um legado de sorriso, amizade e companheirismo. Que essas boas lembranças confortem cada um dos amigos dele. Sabemos que eles devem estar sofrendo tanto quanto a gente. Bim era uma pessoa excepcional”.

Buzinaço e carreata

Durante o enterro, dezenas de familiares, amigos e cliente se reuniram do lado de fora do cemitério para homenagear Bim. Luiz explica que, “estamos vivendo esse momento difícil que é o da codiv-19. Esse buzinaço e a carreata são uma forma de todos que gostavam dele terem essa última despedida”.

O enterro foi realizado apenas com a presença da família. Em seguida, a carreata percorreu as ruas de Itabira em direção ao Bar do Bim, no bairro Vila Amélia.

Boas lembranças

Localizado na Rua Marte, na Vila Amélia, há 34 anos, o Bar do Bim era um lugar agradável e familiar. Seu proprietário se orgulhava do clima amigável. Ele não cansava de dizer que as pessoas se sentiam em casa lá.

Bim tratava todo mundo como família. Se sentia privilegiado de ser uma pessoa querida por seus clientes. As porções que ele mesmo preparava eram sucesso entre os frequentadores, principalmente a tulipa de frango e peixe.

Admirador da cultura itabirana e fã dos artistas da terra, principalmente Newton Baiandeira, Bim chegou a colocar como slogan do bar os dizeres: “Bar do Bim, lugar de gente inteligente”.

Atleticano fanático, viu seu estabelecimento virar reduto dos torcedores do alvinegro mineiro. Amigável e afável, Bim gostava de uma boa prosa. “Eu era doida com ele. Sempre serei na verdade. Nossa relação nunca foi cliente e dono do bar. Era energia boa, amizade e muito amor”, conta Thelma Brum, amiga e frequentadora assídua.

Thelma chegou a escrever um poema em homenagem ao Bar do Bim. “No dia que dei um rabisco meu para ele, chorou de emoção. Coisa mais simples e de rima pobre. Eu imprimi em chamex comum. Para ele, parecia um presente caríssimo. Ele ficou superemocionado e disse que eu veria o que ele ia arrumar para o rabisco. Infelizmente, não deu tempo… apenas de ver a felicidade ao receber. Não precisava mais que isso!”, relembra.

Bar Do Bim (Thelma Brum)

Bem “mineirim” é o BAR DO BIM!
Música boa,
Gargalhadas,
Cerveja Gelada,
Galera Animada.

O anfitrião, que nomeia o bar
É um bom vivant.
Com seu dom
O tira gosto é sem igual;
Junto a uma cachacinha,
Nada mau…

Hora para entrar se tem,
Para sair, também:
A hora que você desejar,
Quando a prosa com os amigos acabar.

Não é fácil sair de lá;
Bim cativa quem ele quer.
Dentro daquele gigante
O que transborda é emoção;
Bim cuida dos seus clientes com paixão.

Por isso não se avexe não:
Sente nas mesas ou no balcão.
Garantia de experiência única
Que guardará em seu coração!

Thelma explica que é difícil acreditar na perda. “Hoje é dia triste, frio e não era de bobeira este tempo. A gente chora, briga com Deus, porém precisa saber entender que em outro plano muitos estão o recebendo com festa e carinho. Gente de amor, só deixa lembrança boa”.

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