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Itabira tem 39 bairros com risco sério de surto de dengue

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Foto: Divulgação

Quase 40 bairros de Itabira estão em situação preocupante no que diz respeito ao índice de infestação do mosquito Aedes aegypti. De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, essas localidades correm risco de surtos de dengue, zika e chikungunya, todas as doenças transmitidas pelo inseto.

Segundo o Levantamento Rápido do Índice de Infestação por Aedes aegypti (Liraa) divulgado no fim da última semana – o primeiro relatório de 2020 -, realizado entre os dias 13 e 17 deste mês, o índice médio de infestação do município ficou em 5,3%. O percentual é mais baixo que o registrado no mesmo período do ano passado, de 5,9%, mas ainda bem acima do recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), de 1%.

De acordo com o documento, a situação é séria em 39 bairros. O cenário mais alarmante é no bairro São Bento, onde foi registrado um índice de 33,33%.

Também correm risco de surto os bairros: Retiro das Serras (25%), Boa Esperança (22,22%), Amazonas (21,42%), Conceição e Vila Técnica Conceição (20%), Juca Rosa (15,5%), Área Verde (15%), Santa Tereza (14,81%), Pedras do Vale (12%); Chapada, Santa Ruth e São Francisco (11,11%), Colina da Praia 3 (10,5%); Clóvis Alvim I, Hamilton e Vila Salica (10%), Eldorado (9,09%); Bálsamos e Santa Marta (8,69%), Bairro de Fátima e Santo Antônio (8,33%), Bela Vista (7,5%), Valença e São Marcos (7,14%), São Pedro (6,94%), Caminho Novo (6,89%), Novo Amazonas (6,81%); Vila São Joaquim, Abóboras, Areão, Fênix e Baixada Grande (6,66%), Machado (6,45%), João XXIII (6,32%), Estação Rodoviária (6,25%), Gabiroba (5,63%), Major Lage (4,76%) e Distrito Industrial II (4,55%).

Já os bairros Vila Piedade e Jardim Gabiroba I (3,84%), 14 de Fevereiro (3,44%), Nossa Senhora das Oliveiras (2,63%), Jardim Gabiroba (2,6%), Campestre (2,22%), Colina da Praia (1,78%) e Pedreira (1,58%) estão em situação de alerta.

Casos em Itabira

A pesquisa, executada pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS), por meio dos agentes comunitários de Endemias (ACE) e de Saúde (ACS), aconteceu em 2.082 domicílios e foram encontrados 110 focos. Até o momento, segundo Thereza Cristina Oliveira Andrade Horta, superintendente de Vigilância em Saúde, foram notificados 71 casos de dengue, sendo três positivos.

“Esse Liraa indica que o comportamento do mosquito está similar ao registrado em janeiro passado. Por isso, temos que lembrar que ao longo do ano anterior tivemos muitos casos notificados e a tendência continua a mesma”, alertou Thereza Andrade. Em 2019, foram notificados 1.934 casos de dengue, sendo 390 positivos.

Focos

O Liraa classificou também a situação de criadouros do Aedes aegypti no município. Segundo o levantamento, foram identificados mais criadouros em depósitos móveis: vasos e frascos, pratos, garrafas, pingadeiras, recipientes de degelo em geladeiras, bebedouros em geral, pequenas fontes e materiais de construção (sanitários estocados).

O segundo lugar com mais registros são os depósitos ao nível do solo: tonel, tambor, barril, caixas d’água etc. Em seguida, estão os recipientes plásticos, garrafas, latas, sucatas em locais abertos (quintal e pátio) e ferros velhos, além de entulho de construção.

Classificados em quarto na lista de berçários do Aedes aegypti, os depósitos fixos: borracharias, hortas, calhas, sanitários sem uso, piscinas não tratadas, fontes ornamentais, floreiras de cemitério, cacos de vidro em muros e toldos. Com menos incidência de criadouros, estão os pneus e outros materiais rodantes; depósitos de água elevados (caixas d’água, sistemas de captação mecânica

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