A Prefeitura de Itabira realizou, na última quinta-feira (8), uma audiência pública para apresentação do Projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2026. O encontro, que aconteceu no auditório da Prefeitura Municipal, reuniu técnicos das secretarias do governo e representantes da população para discutir as metas e prioridades que vão nortear a elaboração do orçamento do próximo ano. A previsão inicial para o orçamento de 2025 era de R$1,311 bilhão, mas a tendência é de que esse valor não seja atingido, o que exige a necessidade de planejamento financeiro responsável para os anos seguintes.
Segundo o secretário municipal de Fazenda, Júlio César de Araújo, “Contador”, o cenário econômico nacional aponta para uma significativa queda na arrecadação de recursos em todas as esferas, tanto federal como estadual, e municipal. Essa tendência já vem sendo observada ao longo dos últimos anos e, para 2026, projeta-se uma redução de aproximadamente 30% nos repasses, especialmente na Compensação Financeira pela Exploração Mineral (CFEM), uma das principais fontes de receita da cidade.
Contingenciamento
Julio Contador pontuou que não há um corte propriamente dito, mas sim um ajuste daquilo que é previsto para ser recebido em 2026. “A gente nunca pode ter uma despesa superior à receita. Por isso, é necessário fazer esse ajuste orçamentário e financeiro”, afirmou. Ele explicou que o município já iniciou um processo de contingenciamento, prevendo o cenário de queda na arrecadação. “Não falamos em corte de gastos, mas sim em adequações necessárias à nova realidade de arrecadação”, completou.
Entre os ajustes já em curso, foi mencionado o contingenciamento de despesas, como a redução da frota de veículos em algumas secretarias. No entanto, setores com despesas fixas, como folha de pagamento e encargos obrigatórios, não devem sofrer alterações significativas. A manutenção dos serviços essenciais, como saúde e educação, também está garantida dentro da previsão orçamentária elaborada com base na nova estimativa de receita. “As despesas básicas de manutenção dos serviços rotineiros, saúde, educação, repasse para a Câmara, toda a manutenção básica do município foi elaborada já com esse desconto, com essa redução dos 30%, que é a margem da receita que está prevista para o ano de 2026”, pontua o secretário.