Itabirana faz sucesso em time de futsal na Europa
Das ruas de Itabira às quadras do Velho Continente: o que era brincadeira virou profissão para Sarah Oliveira, hoje na Espanha
As ruas de Itabira foram ponto de partida, há 19 anos, para Sarah Oliveira, atual jogadora de futsal do time espanhol Sala Zaragoza. Hoje com 35 anos, a atleta iniciou sua experiência na modalidade ainda na adolescência, por diversão, mas logo em seguida começou a disputar campeonatos escolares a nível regional.
Dentre os times da cidade, Sarah passou pelo Clube Atlético Itabirano (CAI) e Seleção de Itabira. Em Governador Valadares, defendeu o UNIVALE. Os times SESI e ACORP, de João Monlevade, também receberam a jogadora. Por fim, foi titular do Cruzeiro, de Belo Horizonte.
A atleta conta que devido à pouca valorização ao futsal feminino no país, decidiu gravar um vídeo de um campeonato disputado em Itabira com o intuito de que seu talento pudesse ser avaliado na Europa.
A iniciativa deu certo. Sarah foi convidada a participar do Sala Zaragoza, time que ocupava a 2ª divisão da liga espanhola, e logo de início disputou três importantes campeonatos para a equipe, La Liga (principal torneio do país), Copa de Aragón (principal copa da cidade) e Campeonato de Ascenso, este último que garantiu a vaga do grupo na primeira divisão.
“Quando eu cheguei no time ele ainda estava na segunda divisão e com muito esforço da equipe chegamos à primeira”, conta. O acesso foi conquistado neste meio de ano e rendeu muitas comemorações na cidade que nutre forte paixão pelo futsal e pela equipe feminina do Sala Zaragoza.
O objetivo agora, segundo Sarah, é trabalhar junto à equipe para se manterem na primeira divisão e ingressarem no ranking de oito melhores times, a fim de disputar a copa La Reina, campeonato mais importante da Espanha.
Dificuldades e futuro
O Sala Zaragoza é um time privado, com mais de 20 anos de desenvolvimento esportivo na comunidade de Aragão, na Espanha. Além dos times de futsal e futebol, o Sala possui um centro de treinamento para formação de atletas e preparação física.
A adaptação em um outro país nem sempre é fácil. Sarah conta que apesar do espanhol ter alguma semelhança com o português, sua maior dificuldade foi com a pronúncia. “Compreender o que os espanhóis diziam não era o problema. A questão mesmo era pronunciar bem, mas com a convivência e estudo se tornou mais fácil”, afirma.
Questionada sobre o futuro, a itabirana afirmou que pretende jogar até quando a idade permitir, mas que quando for a hora de parar, já tem planos na área. “Eu pretendo seguir na Espanha, trabalhando com treinamento de crianças, ou algo do tipo”.
Além de ser atleta, Sarah está concluindo o ensino superior em Educação Física, o que segundo ela, pode auxiliar na profissão e ajudá-la a ter uma carreira de sucesso também fora das quadras.